sábado, 26 de julho de 2014

Transmissão de Hepatite Viral




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Sespa alerta sobre as formas de transmissão das hepatites virais




Quanto mais cedo descobrir que se tem hepatite, melhor. Essa tem sido a orientação principal da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) para combater a subnotificação de casos da doença por meio de estratégias que visam à maior adesão ao teste rápido e, em caso de diagnóstico positivo, ao tratamento disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Devido ao progressivo estímulo ao diagnóstico precoce, os casos de hepatite têm aumentado no Pará: os primeiros seis meses de 2014 registraram 168 casos confirmados de hepatite B e 69 do tipo C. No mesmo período do ano passado, o quantitativo foi de 127 para o tipo B e 35 para hepatite C.
“Por ser uma doença silenciosa, nosso foco tem sido a busca ativa por pessoas que não sabem que têm os vírus e precisam logo se tratar para não serem surpreendidas com as consequências de um diagnóstico tardio, como uma cirrose ou câncer de fígado, e também para deixarem de ou transmitir a outras pessoas”, explica a coordenadora estadual do Programa de Hepatites Virais da Sespa, Cisalpina Cantão.
Esse alerta ganha força nesta segunda-feira (28), por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. No Pará, o esforço da saúde pública tem se refletido nesse combate ao sub-registro de casos associado à ampliação da testagem e do diagnóstico; no estímulo à vacinação contra o tipo B – ofertada gratuitamente pelo SUS a toda população até 49 anos – e na ampliação da assistência e do tratamento dos tipos mais perigosos: B e C.
Exigir material descartável em salões de beleza e na hora de fazer tatuagens e aplicar brincos e piercings, bem como não compartilhar seringa, agulha e objetos cortantes com outras pessoas – incluindo a lâmina de barbear e depilar, a escova de dente e o alicate de unha, além dos preservativos nas relações sexuais –, estão entre as orientações da Sespa transmitidas em ações promovidas com o apoio do Ministério da Saúde e em parceria com as coordenações estaduais de Saúde do Homem, de Imunização, Saúde Indígena e de Mobilização Social, além do Laboratório Central do Estado, Instituto Evandro Chagas e integrantes das Organizações da Sociedade Civil.
Pelo menos nos últimos três anos, essa parceria rendeu mais de 40 treinamentos, três seminários e 21 mil testes rápidos feitos inclusive em atividades voltadas aos indígenas, encarcerados, quilombolas, profissionais de salões de beleza e lideranças e seguidores da umbanda e do candomblé, tanto em Belém, como no interior do Estado.
Tratamento – Independente disso, a porta de entrada para quem quiser se proteger das hepatites é a Unidade Básica de Saúde, seja para a vacinação ou para o teste rápido. Caso o usuário do SUS receba a notícia de que é portador de um dos tipos graves da doença, é encaminhado para locais de tratamento que já são referência, como a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, especialista no diagnóstico e o tratamento de doenças do fígado.
Além da Santa Casa, Belém dispõe de outros locais para o tratamento: Hospital Universitário João de Barros Barreto; Fundação de Hospital de Clínicas Gaspar Viana e Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (Uredipe), além do Centro de Universitário do Estado do Pará (Cesupa), no campus da avenida Almirante Barroso, onde funciona o curso de Medicina.
No interior do Estado, o atendimento e tratamento são disponíveis no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Santarém; no CTA de Marabá; no CTA de Parauapebas; no Hospital Regional do Araguaia, em Redenção e no Hospital Regional de Tucuruí. Para todos esses locais, é essencial que o cidadão seja encaminhado pela Unidade de Saúde mais próxima de sua residência. “Em três anos, conseguimos aumentar de três para 10 locais em que os usuários do SUS no Pará podem se tratar das hepatites”, explica Cisalpina Cantão.
Programações Em alusão à data, neste sábado (26), o distrito de Mosqueiro recebeu uma força-tarefa em favor da prevenção à doença. Juntas, equipes da Sespa, Superintendência do Sistema Penal (Susipe) e Secretaria de Saúde de Belém (Sesma) estiveram no caramanchão da praia do Chapéu Virado oferecendo serviços à população, que recebeu testes rápidos e vacinação contra a hepatite B.
Em Santarém, na segunda-feira, uma blitz educativa feita pela Sespa e pela Coordenação Regional das Hepatites Virais do 9º Centro Regional de Saúde (9ºCRS) ocorre de 19h30 às 22h30 na orla da cidade, com panfletagem e distribuição de kits e preservativos.
No dia 13 de agosto, ainda em Santarém, no Paraíso Shopping Center, de 16 às 22 horas, haverá oferecimento de testagem rápida para os tipos B e C e vacinação contra a hepatite B. A mesma programação será oferecida no dia seguinte no Belo Centro, de 8 às 12 horas e de 14 às 18 horas.
Texto:
Mozart Lira

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