terça-feira, 25 de agosto de 2015

Engenharia de Pesca

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MEC analisa criação de cursos de Engenharia no PA

Thamires Nascimento

O ministro Renato Janine elogiou a iniciativa levada 

Apesar de ter a segunda maior produção de pescado do país, o Pará conta com apenas um curso na área de Engenharia de Pesca, que fica no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Bragança. Importantes para formar profissionais habilitados para promover o desenvolvimento sustentável do setor pesqueiro, os cursos de graduação e pós-graduação se espalham pelo país.
A partir deste semestre, o Ministério da Educação passa a analisar a criação de cursos de Engenharia de Pesca e de Engenharia Naval, que poderão ser implantados no campus da UFPA de Abaetetuba. Ontem, durante audiência com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o ministro da Pesca e Aquicultura Helder Barbalho apresentou um balanço sobre as demandas para a implantação de ensino para a área, principalmente nos estados que têm vocação para a produção de pescado, como o Pará e o Mato Grosso.
Participaram do encontro na sede do MEC o coordenador do Campus de Abaetetuba, Eliomar Azevedo do Carmo, o deputado estadual Wanderlan Quaresma (PMDB) e a vereadora Andreia Pacheco (PP). Eliomar apresentou proposta de criação de 56 vagas para os dois cursos (Engenharia de Pesca e Engenharia Naval), sendo 28 vagas por ano para cada um dos cursos, além da criação de 15 vagas anuais para mestrado nestas áreas. 
Helder ressaltou a vocação de Abaetetuba e dos demais municípios do Baixo Tocantins para a produção do pescado. “Abaetetuba é o 6º maior município em população do nosso Estado e é a principal cidade da região, com forte atividade pesqueira. Segundo Helder, são 72 ilhas povoadas na região que, segundo o registro nacional, tem mais de 50 mil pescadores em atividade.
{Qualificação é importante para meta ser atingida}
Segundo Helder Barbalho, para que seja atingida a meta de se produzir 3 mil toneladas de pescado por ano em 2020, no Brasil, é preciso qualificar os profissionais. O ministro lembrou que o objetivo é que o Brasil se torne autossuficiente na produção, favorecendo também a balança comercial e, com o aumento da oferta, consiga diminuir o preço do pescado no mercado interno.
O Ministério da Pesca e Aquicultura tem uma meta de crescimento anual de 20% na produção de pescado, tanto na pesca de captura quanto na aquicultura. Com esta produção, o Brasil deve ficar entre os cinco maiores produtores de proteína de pescado do mundo. “A meta é sair de 760 mil toneladas para 1 milhão de toneladas na área da captura e de 600 mil a 700 mil toneladas para 2 milhões de toneladas na aquicultura”, disse.

VOCAÇÃO

O ministro Renato Janine elogiou a iniciativa levada pelos representantes paraenses. Segundo ele, além da vocação natural da região para a produção de pescado, a qualificação de novos profissionais na área é necessária para o desenvolvimento do país. Ele lembrou que não há previsão de criação de novos cursos este ano, mas que a apresentação de um projeto neste sentido já avança etapas para 2016. “Para isso, é importante que o projeto (de criação de novos cursos) esteja elaborado de forma apurada, com o mínimo de desperdício possível para que a análise seja feita de forma positiva no âmbito do ministério. Penso que este é um importante projeto para o futuro”, acentuou.
O projeto para criação dos cursos conta com apoio das deputadas federais pelo PMDB do Pará, Elcione Barbalho e Simone Morgado, segundo antecipou o ministro Helder. Ele explicou que o apoio das parlamentares é mais um ponto a favor da ampliação de cursos para as universidades públicas paraenses.
(Diário do Pará) 




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