RIQUEZA DO PARÁ COM MERCADO GARANTIDO DENTRO E FORA DO BRASIL
Com lugar garantido na mesa dos paraenses, o açaí vem ganhando o mundo, conquistando mercados e levando os sabores da Amazônia cada vez mais longe. O Pará é o maior exportador nacional do fruto e detém 90% da produção mundial – são mais de 100 agroindústrias, beneficiando o fruto e exportado para os mercados internos e externos. Para que essa cadeia continue em franca expansão, a Adepará, por meio da Gerencia de Pragas Quarentenárias, realiza ações de levantamento do ácaro vermelho, praga que pode atingir as palmeiras e trazer sérios prejuízos econômicos para toda a cadeira produtiva.
Uma das nossas maiores e mais saborosas riquezas, o açaí movimenta cerca de 2 bi a cada ano e envolve mais de 300 mil pessoas ao longo da sua cadeia produtiva, entre plantadores, transportadores, batedores, manipuladores e exportadores. No Pará, as áreas de várzeas e alagados são os locais preferidos para o cultivo, no entanto, o açaizeiro permite que ele cresça em outros biomas. Rico em ferro, o fruto é extraído diariamente e vendido em toda a capital e no interior.
Os dados refletem a importância social, econômica e ambiental da cadeia produtiva para o Pará. “Atualmente, o Governo do Estado incrementa ações no programa de Manejo e Enriquecimento de Açaizais, através do programa Pró-Açaí, do programa de Qualidade do Açaí e do Programa de Contingencia da Doença de Chagas, através dos órgãos como a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará), Vigilância Sanitária e Extensão Rural (Emater)”, diz o engenheiro agrônomo José Severino dos Santos, da Gerência de Inspeção Vegetal da Adepará.
Outra iniciativa é o Programa Estadual de Qualidade do Açaí (PEQA), que reúne 14 instituições públicas e privadas que trabalham em parceria para garantir um nível de excelência do produto, com a introdução de boas práticas em toda a cadeia produtiva, da coleta do fruto à comercialização. O controle no processamento do fruto in natura é feito com o apoio da Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém (Avabel), prefeituras municipais, Sespa, Adepará, Ministério da Agricultura e Sebrae, entre outros parceiros.
O programa Pará 2030 também prevê iniciativas e metas sustentáveis com o intuito de promover o fomento da cadeia do açaí no Estado, entre elas, a atração de indústrias para verticalização, certificação, pesquisa e desenvolvimento e incentivo ao plantio irrigado. “Entre as metas sustentáveis estão uma estimativa de crescimento de 4% a 6% ao ano até 2030, aumento do volume de açaí para indústrias dentro do Estado e para outros estados e países, além do aumento do valor de mercado com selos de qualidade e certificação de origem”, lista o diretor geral da Adepará, Luciano Guedes.
O programa Pará 2030 também prevê iniciativas e metas sustentáveis com o intuito de promover o fomento da cadeia do açaí no Estado, entre elas, a atração de indústrias para verticalização, certificação, pesquisa e desenvolvimento e incentivo ao plantio irrigado. “Entre as metas sustentáveis estão uma estimativa de crescimento de 4% a 6% ao ano até 2030, aumento do volume de açaí para indústrias dentro do Estado e para outros estados e países, além do aumento do valor de mercado com selos de qualidade e certificação de origem”, lista o diretor geral da Adepará, Luciano Guedes.
Saudável – A Adepará trabalha, entre outras frentes, em ações de levantamento de detecção e fiscalização do trânsito de plantas hospedeiras do ácaro vermelho, praga que ataca as palmeiras e causa grandes prejuízos às plantações, reduzindo consideravelmente a produtividade. Após esse levantamento, nos municípios de Faro, Terra Santa, Juruti, Óbidos, Curuá, Alenquer, Santarém e Monte Alegre, a praga já foi confirmada.
“A Agência está preocupada com a da saída da praga desses municípios paraenses infestados, além da vinda da praga do estado do Amazonas, para as áreas de produção do Pará, sobretudo, para o nordeste do Estado, onde estão as principais culturas das famílias da arecaceae (palmeiras)”, explica o gerente de Pragas Quarentenárias da Adepará, Luiz Guamá. “Impedimos essa disseminação com a fiscalização no porto de Almeirim”, complementa.
A disseminação da doença é realizada principalmente pela atividade humana, por meio do transporte de material vegetal infestado, por isso, a importância da realização do trabalho dos técnicos e fiscais da Agência. De acordo com Luiz Guamá, a preocupação com o nordeste do Estado ocorre porque a região concentra as principais produções de palmeiras, como o açaí e o dendê que, juntas, chegam a movimentar mais de R$ 4 bilhões. “O nordeste paraense é hoje o maior produtor de dendê, açaí, coco e plantas ornamentais. Se a praga chegar aos municípios da região, onde está a grande produção dessas culturas, o prejuízo seria enorme para a economia do Estado”, reforça Luiz Guamá.
Números:
- O Pará hoje detém 90% da produção mundial de açaí
- A produção paraense representa 95% da produção nacional.
- São 10 mil batedores artesanais de açaí no Estado, a maioria localizada na Grande Belém, gerando cerca de 30 mil empregos diretos.
- Aproximadamente 100 agroindústrias processadoras do fruto estão cadastradas na Superintendência Federal de Agricultura do Pará (SFA/PA), empregando quase quatro mil trabalhadores.
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