| Estado paga em fevereiro a quarta parcela do retroativo a professores |
| Cerca de 30 mil professores da rede estadual de ensino, entre ativos e inativos, receberão até o dia 15 de fevereiro o pagamento da quarta parcela do retroativo do piso nacional do magistério, relativo a 2011. O pagamento, no valor total de R$ 2.283 milhões, será feito em folha suplementar e cumpre o que dispõe a cláusula 1 do acordo judicial assinado em 18 de novembro de 2013, entre o Governo do Pará e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sintepp), homologado pelo Tribunal de Justiça do Estado. O acordo prevê que a cada quadrimestre, após a apuração da receita corrente líquida, e havendo saldo positivo, o valor apresentado será destinado ao pagamento do retroativo do piso dos professores. Em reunião nesta sexta-feira (30), na Secretaria de Estado de Administração (Sead), os representantes do governo estadual apresentaram a apuração da receita referente ao último quadrimestre de 2014, que permite um aporte de R$ 2.283 milhões para o pagamento do retroativo do piso. De acordo com a direção da Sead, R$ 13.966 milhões já foram pagos em cumprimento ao acordo judicial e, com o pagamento da quarta parcela, esse valor sobe para R$ 16.249 milhões. A Comissão de Avaliação é composta pelo governo do Estado, representado pelas Secretarias de Estado de Administração (Sead), Educação (Seduc) e Fazenda (Sefa), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), Conselho Estadual do Fundo da Educação Básica (Fundeb) e Sintepp. Participaram da reunião nesta sexta-feira representantes da Sefa, Sead, Seplan (Secretaria de Estado de Planejamento) e Sintepp. |
| Texto: Luciana Benicio |
BRASÍLIA - As investigações da
Aeronáutica, que começam a ser divulgadas no início de fevereiro, concluíram que
o acidente que matou o presidenciável do PSB e ex-governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, no meio da campanha eleitoral do ano passado, foi causado por
uma sequência de falhas do piloto Marcos Martins - desde a falta de treinamento
para aquela aeronave até o uso de “atalho” para acelerar o procedimento de
descida.
Como resultado decisivo, Martins foi
obrigado a abortar o pouso e arremeter bruscamente, operando os aparelhos em
desacordo com as recomendações do fabricante do avião e acabando por sofrer o
que é tecnicamente descrito como “desorientação espacial”. É quando o piloto
perde a referência do avião em relação ao solo, não sabe se está voando para
cima, para baixo, em posição normal, de lado ou de ponta cabeça.
Essa conclusão sobre a “desorientação
espacial” baseou-se em informações sobre os últimos segundos do voo, no momento
em que o avião embicou num ângulo de 70 graus e em potência máxima, como se o
piloto acelerasse pensando que estava em movimento de subida, quando na verdade
estava voando para baixo, rumo ao solo.
O acidente ocorreu na manhã de 13 de
agosto de 2014, quando o Cessna 560 XL saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio,
rumo à Base Aérea de Santos, no Guarujá, em São Paulo. Por volta de 10h, a
aeronave caiu em Santos, no bairro Boqueirão. Além de Eduardo Campos, que estava
em terceiro lugar na corrida presidencial, morreram quatro assessores dele, o
piloto e o copiloto Geraldo Magela Barbosa.
Treinamento. Nesses
cinco meses de investigações, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos, órgão da Aeronáutica (Cenipa) levantou ainda todo o perfil
psicológico, pessoal e profissional dos dois pilotos e listou uma sequência de
falhas de Marcos Martins, antes e durante o voo.
Não foi encontrado nenhum indício de
falha técnica ou de operação do sistema aeronáutico. As duas turbinas foram
detalhadamente analisadas e estavam em perfeita condição de uso, mas a caixa
preta de voz não foi útil para as conclusões. Ela simplesmente não estava
ligada, não gravou as conversas durante o voo.
Conforme apurado pelos investigadores,
Martins não estava treinado para o Cessna 560 XL, uma aeronave sofisticada e
nova, concluída em 2010. Ele, por exemplo, nunca tinha passado pelo simulador.
