Na Conferência Climática, o governador Helder Barbalho defende o aproveitamento de áreas já alteradas pelo homem para a produção de alimentos
Por Carol Menezes (SECOM)

Durante o encontro, que também contou com representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund – GCF), Helder Barbalho reafirmou o compromisso do Governo do Pará com a agenda climática e a sustentabilidade da Amazônia. "Demonstramos que a floresta em pé precisa ser vista como ativo econômico, gerador de emprego, renda, desenvolvimento e de oportunidades aos brasileiros, amazônidas, paraenses", reforçou o governador, enfatizando a necessidade de monetização dessas áreas, criando uma agenda de economia e rentabilidade para o convencimento de toda a sociedade.
Representantes do BID e do Fundo Verde para o Clima participaram do painelFoto: Divulgação

Em seu pronunciamento no painel, Helder Barbalho confirmou que as áreas antropizadas (já alteradas por ação do homem) existentes são suficientes para que o Estado do Pará produza mais e exerça um maior protagonismo no fornecimento de alimentos ao mundo, fortalecendo sua economia. Também anunciou como contrapartidas a regularização fundiária para garantir segurança jurídica e qualificação técnica para produzir de maneira intensiva, e não de maneira ostensiva. "A relação de cabeça de gado por hectare é extremamente baixa no Pará. Produzimos 0,9 cabeça de gado por hectare; se chegarmos a três por hectare, sairemos de 22 milhões pra 76 milhões, e seremos o maior rebanho bovino do Brasil", argumentou.
"Quero destacar que o Estado defende a manutenção do Fundo Amazônia, mas, além disto, convoca, convida e provoca agentes globais a cooperar com a nossa agenda, com participação efetiva através do financiamento do Fundo da Amazônia Oriental, criado pelo governo paraense em outubro como instrumento receptor de recursos e parcerias que possam fomentar e garantir as ações que estão planejadas do nosso governo", frisou Helder Barbalho.
Vantagens - De acordo com o governador, as ações têm como alicerce comando e controle, e transformação das áreas que hoje representam a maior parte dos percentuais de conflito em territórios sustentáveis. A participação do Estado garante ao produtor a conveniência da integração com regularização fundiária, acesso ao crédito, condições de melhoramento da produção e certificação de um bom produtor, de uma boa origem, agregando valor à produção.

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