quarta-feira, 24 de junho de 2020

Adepará prorroga prazo de vacinação contra a febre aftosa

Produtores rurais agora tem até o dia 30 de junho para imunizar o rebanho

A notificação da vacina deve ser feita até 15 de julho, de forma online ou presencial
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) prorrogou o prazo da primeira etapa da campanha de vacinação de 2020 contra a febre aftosa no Pará, que finalizaria no dia 20 de junho. O novo calendário foi publicado nesta quarta (24), no Diário Oficial do Estado, por meio da Portaria nº 1451/2020. Os produtores rurais terão até 30 de junho para vacinar o rebanho e até 15 de julho para realizar a notificação da vacina.
De acordo com o diretor-geral da Agência, Jamir Macedo, a ampliação da campanha ocorreu devido à situação de pandemia vivenciada atualmente. “A Adepará se sensibilizou ao pleito do setor produtivo e encaminhou a solicitação de prorrogação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que foi aprovada considerando as condições adversas que a Covid-19 impôs”, explicou o gestor. 
A proatividade da Adepará em atender ao pedido de prorrogar o período de vacinação demonstra o bom relacionamento com o setor produtivo, visto que a decisão foi acatada em conjunto. Conforme Jamir Macedo, a proibição da livre circulação de pessoas e veículos entre municípios e dentro das próprias cidades, medida de enfrentamento ao coronavírus, dificultou a aquisição da vacina contra a febre aftosa.
“A prorrogação vai possibilitar que os produtores que não conseguiram adquirir a vacina, no período estipulado anteriormente, possam realizar a vacinação dos rebanhos” - Jamir Macedo, diretor-geral da Adepará.
Orientações – Na primeira etapa da campanha, bovinos e bubalinos de todas as idades devem ser vacinados. A imunização abrange todos os municípios paraenses, exceto o Arquipélago do Marajó e as cidades de Faro e Terra Santa, no Baixo Amazonas, que possuem etapas de vacinação específicas.
As vacinas devem ser compradas em revendas agropecuárias registradas pela Adepará e o produtor precisa exigir a nota fiscal no momento da compra. Com uma dose de 2 ml, a vacina contra a febre aftosa deve ser administrada através da via subcutânea ou intramuscular, na região da tábua do pescoço (terço médio) do animal. 
A declaração da imunização deve ser feita, preferencialmente, de forma online, por meio do Sistema de Integração Agropecuária (Siapec), conforme tutorial. O produtor também pode realizar a notificação via e-mail ou telefone, junto à unidade local ou gerência regional do município de atuação. Os contatos estão disponíveis no site da Adepará. Devem ser informados os dados do rebanho e da nota fiscal de aquisição da vacina. 
Caso o produtor rural não tenha acesso à internet, também poderá comprovar a vacinação presencialmente, mediante agendamento, no escritório mais próximo do órgão. Serão cumpridas todas as recomendações de prevenção ao coronavírus durante o atendimento.
A Adepará alerta que a não vacinação acarreta em medidas coercitivas cabíveis, como auto de infração e bloqueio da propriedade para movimentação, até que a pendência seja solucionada.
Por Monique Hadad (ADEPARÁ)

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Pará ultrapassa mais de 71 mil pacientes recuperados da Covid-19

Desse total, 1.392 pessoas foram atendidas pelos hospitais de campanha construídos pelo governo do Pará

O Pará já conta 71.110 pessoas recuperadas da Covid-19, sendo que 1.392 delas foram atendidos pelos hospitais de campanha instalados pelo Governo do Pará. Os dados são do último boletim da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), divulgados neste sábado (20). O Pará possui atualmente com 84.654 casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
Recuperados da Covid-19: histórias de superação estão sendo contadas por pacientes atendidos nos hospitais de campanhaFoto: Alex Ribeiro - Ag. Pará
Seu Francisco Bernardo, de Gurupá, no Marajó, está na lista dos que receberam alta hospitalar. “Eu fiquei quatro dias internado em Gurupá, com pneumonia por causa do coronavírus. Também tive um princípio de AVC (Acidente Vascular Cerebral), mas fui transportado com urgência para o Hospital de Campanha de Breves. Fiquei lá por 11 dias, direto no oxigênio, porque eu não tinha ar no pulmão”, falou seu Francisco, de 57 anos, que já está em casa, e aproveitou para agradecer toda a equipe que lhe atendeu no Hospital de Campanha de Breves.
“No dia 30 de maio me deram alta, vim direto pra casa e estou me recuperando bem. Tudo isso, graças ao atendimento do hospital de campanha”, complementou.
Mais de 70 mil pacientes estão recuperados da doençaFoto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará
E as histórias de pacientes que lutaram contra a doença vão se repetindo por todo o estado. Em Santarém, dona Maria de Nazaré Sousa Bentes, de 68 anos, recebeu alta, no dia 24 de maio, do Hospital de Campanha do Oeste Paraense. 
“O atendimento foi excelente. Minha mãe conta que toda a equipe é muita atenciosa. Trataram ela super bem. Deram maior atenção pra alimentação e a medicação dela, e ela foi reagindo aos medicamentos”, disse a filha de dona Maria, Carolina Bentes, que lembra do quadro grave de Síndrome Respiratória Aguda que a mãe apresentou ao dar entrada no hospital.
“Os sintomas começaram com uma leve gripe com tosse. Ela ficou se tratando em casa como se fosse uma gripe normal. Só que começou a piorar, sentiu enjoo, muita dor de cabeça, febre, falta de ar e muita fraqueza. Na UPA do município ela ficou internada, fizeram uma tomografia, apareceu uma mancha no pulmão e como ela já não conseguia respirar direito, a transferiram para o Hospital de Campanha”, lembrou Carolina.
Dona Maria de Nazaré se recuperou muito rápido, ficou apenas seis dias internada no Hospital de Campanha de Santarém.
Já em Belém, no Hospital de Campanha que fica no Hangar, seu Antônio ficou 17 dias internado. A filha dele, Cássia Santos, conta que o pai passou duas semanas com um desconforto, mas sem desconfiar da doença.
“Resolvemos leva-lo ao Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci. Ele estava sentindo uma dor no peito, mas não teve falta de ar, febre ou outros sintomas. Por conta da idade dele, 77 anos, o médico pediu a transferência para o hospital de campanha de Belém. Papai foi internado, fez o exame e deu positivo pra Covid-19. Toda equipe tratou o meu pai muito bem, sempre acompanhando, aconselhando, incentivando. Em toda a videochamada que a gente fazia, ele sempre mencionava isso”, lembrou Cássia.
O Pará tem 1.523 leitos clínicos e 701 leitos de UTI ofertados pelo Governo, exclusivamente, para atendimento de Covid-19.
Foto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará
Oeste do Pará - A Sespa informa que o Hospital de Campanha de Santarém tem, atualmente, 80 pacientes sendo atendidos, com 73 em leitos clínicos e sete na estabilização. No total, já foram atendidos 394 pacientes: 235 tiveram alta, 32 foram transferidos e 47 foram a óbito.
Capital paraense – Neste momento, o Hospital de Campanha de Belém possui 302 pacientes, sendo 67 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No total, 1.608 pacientes foram atendidos, com 852 altas, 80 transferências e 374 óbitos.
Marajó – Já o Hospital de Campanha de Breves tem 26 pacientes internados. A atualização da Sespa é deste sábado (20). No total, 115 pacientes já foram atendidos, 13 pacientes foram transferidos, 64 tiveram alta e 12 óbitos.
Marabá - A Sespa informa que até as 10h deste sábado (20), estão sendo atendidos 83 pacientes no Hospital de Campanha de Marabá, sendo 34 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva. No total, 422 pacientes já foram atendidos: 241 altas, 12 transferências e 86 óbitos. Todos os dados foram atualizados até às 11h deste sábado (20).
Por Jackie Carrera (SECOM)

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Cacique Kayapó Paulinho Paiakã morre de COVID 19


A nação Kaipó perdeu mais um líder, faleceu na manhã desta quarta-feira (17), Paulinho Paiakan, 70 anos, vitima de COVID-19. O líder indígena, estava internado, há mais de duas semanas, em uma Unidade de Terapia Intensiva-UTI no Hospital Público Regional de Redenção. Paikan, era um dos caciques da Aldeia A-Ukre, localizada no município de Ourilândia do Norte. De acordo com informações levantadas junto a Desei- de Redenção, o corpo do líder indígena será levado para a Aldeia, onde será sepultado seguindo as tradições da nação Kaipó. Paikan, tornou-se um defensor dos direitos indígenas e lutava pela demarcação das terras indígenas. O líder indígena, teve a biografia manchada, devido um fato que se tornou noticia internacional. Paikan, foi acusado no ano de 1992, de ter estuprado a jovem estudante Silvia Leticia Ferreira, que na época tinha 18 anos de idade, com a ajuda da esposa Irekran Caiapó. O crime ocorreu nos dias em que acontecia a conferência da ECO-92, na cidade do Rio de Janeiro, onde o mundo discutia a questão do Meio Ambiente. O líder indígena chegou a cumprir prisão domiciliar por dois anos na aldeia A-UKRE.
(Dinho Santos)

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Força de Combate ao Desmatamento Ilegal fecha garimpo em Itaituba

Deflagrada no último dia 8 de junho, ação foi divulgada nesta segunda-feira (15)

A Força Estadual de Combate ao Desmatamento Ilegal no Pará fechou um garimpo clandestino localizado na zona rural de Itaituba durante a primeira etapa da operação "Amazônia Viva", deflagrada no último dia 8 de junho. Foram apreendidas ainda uma retroescavadeira, dois tratores, um caminhão, dois revólveres, duas espingardas e 11 munições. As ações foram divulgadas nesta segunda-feira (15).
Durante a operação, as equipes investigavam um caminhão que fazia transporte de madeira sem documentação e, nas proximidades da abordagem, foi possível constatar o funcionamento do garimpo irregular. Três pessoas foram detidas e encaminhadas a delegacia de Itaituba.
"A Polícia Civil do Pará continuará trabalhando em combate aos crimes de cunho ambiental. As nossas equipes reforçam a força-tarefa para autuar pessoas e estabelecimentos que cometerem qualquer tipo de ilícito contra a natureza de forma geral. Todos os responsáveis pelos delitos detectados serão penalizados na forma da lei" - Alberto Teixeira, delegado-geral da Polícia Civil.

No total, a soma das áreas que vinham sendo desmatada irregularmente e foi embargada chega a 12.052 hectares. "Nós percebemos a utilização de maquinário considerado caro para o desmatamento ilegal. Isso nos mostra que existe uma cadeia de produção desse tipo de trabalho. Por isso, a integração dos órgãos de segurança e de proteção ambiental é cada vez mais importante para desmembrar essas organizações", afirmou o diretor de Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) Rayrton Carneiro.
Operação - Durante a ação, foram montadas quatro frentes de fiscalização simultâneas, com 63 profissionais agindo diretamente em áreas desmatadas, identificadas via satélite pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). No total, 10 localidades foram vistoriadas nos municípios de Uruará, Medicilândia, Brasil Novo, Placas, Itaituba, Trairão, Novo Progresso, Castelo dos Sonhos, São Félix do Xingu e Altamira.
Quatro frentes simultâneas, com 63 profissionais, atuaram em 10 localidadesIntegração contra o desmatamento ilegal
A Força Estadual foi instituída pelo Governo do Pará por meio do decreto publicado no dia 18 de fevereiro de 2020. A instituição é coordenada pela Semas, com a participação da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves" e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio).
"Essa é a primeira operação realizada com a participação dos novos fiscais da Semas. As equipes seguem trabalhando em campo, fazendo um papel importante dentro da Força, que foi criada para combater o desmatamento em todas as modalidades, seja na derrubada ilegal para exploração de madeira, retirada ilegal da vegetação para a criação de gado ou plantio e também na exploração irregular do solo para exploração de minério", frisou o titular da Semas, Mauro O'de Almeida.

domingo, 7 de junho de 2020

Obras na vicinal Carne de Sol entram na fase de terraplanagem e drenagem



Estrada é uma importante rota de escoamento da produção paraense para o nordeste do Brasil

As obras na vicinal Carne de Sol, no município de Abel Figueiredo, no extremo sudeste do Pará, entraram na fase de terraplanagem e instalação da rede de drenagem da estrada. O serviço, que começou no mês passado, ocorre por meio de convênio entre a Secretaria de Estado de Transportes (Setran) e o município de Abel Figueiredo. A pavimentação asfáltica da via deve ser concluída em um ano.
A estrada vicinal tem cerca de 8,2 quilômetros de extensão, da Vila de Carne de Sol à BR-222, por meio da Belém-Brasília até a divisa com o estado do Maranhão, dando acesso à cidade de São Pedro da Água (MA).

O asfaltamento da vicinal proporciona benefícios aos moradores da Vila de Carne de Sol, que usam a estrada para se deslocar ao estado do Maranhão ou utilizam a rodovia para chegar à BR-222, que dá acesso à sede de Abel Figueiredo e municípios como Rondon do Pará, Bom Jesus do Tocantins e a cidade de Marabá.
Segundo Pádua Andrade, titular da Setran, a estrada é uma das mais importantes para o escoamento da produção na região. "A vicinal Carne de Sol recebe um grande fluxo de mercadorias de saída do Pará e de entrada do nordeste do país, e que se destinam a vários municípios do Estado, portanto é uma obra muito esperada pela população daquela região", detalhou Pádua.
O convênio para realização da obra foi firmado durante o programa Governo Por Todo o Pará, realizado em Marabá no mês de abril de 2019, contando com a presença dos prefeitos de Abel Figueiredo e de São Pedro da Água (MA). O valor total do convênio é de R$ 12 milhões, tendo investimentos da Secretaria Estadual de Transportes em R$ 
Convênios - O Governo do Pará tem feito parcerias com vários municípios para recuperação de vias da malha rodoviária municipal. Nos últimos 16 meses foram firmados 68 convênios com 49 municípios paraenses. A parceria tem investimentos do estado em mais de R$ 90 milhões para as melhorias de vias secundárias de intercessão com rodovias principais ou de entrada e saída das cidades, como ocorre com a vicinal Carne de Sol.