sábado, 29 de outubro de 2016

Namorado é denunciado

Por matar fisioterapeuta em Goiás
 
  • Reprodução
     A fisioterapeuta Caillane Marinho foi assassinada dentro de casa com um tiro na cabeça
    A fisioterapeuta Caillane Marinho foi assassinada dentro de casa com um tiro na cabeça
O engenheiro agrônomo Diego Henrique Lima foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) após matar a fisioterapeuta Caillane Marinho, 27 com quem mantinha um relacionamento. Ele teria atirado contra a vítima dentro de casa por não aceitar a separação. O crime aconteceu em Vianópolis (GO).
A promotoria destacou no processo a crueldade cometida no crime ao impedir a vítima de receber socorro. Diego está preso na Unidade Prisional de Vianópolis, denunciado por crime de homicídio por motivo torpe, meio cruel e feminicídio.

A vítima foi encontrada morta na manhã do dia 9 de outubro, mas a investigação aponta que Caillane agonizou por seis horas no dia anterior. A fisioterapeuta foi baleada na cabeça por volta das 15h30, mas morreu entre 21h30 e 22h30 do dia 8 de outubro. O autor do crime só comunicou o acontecido na manhã seguinte, alegando ser um tiro acidental.
Duas semanas antes do crime, o engenheiro escreveu uma carta à namorada, pedindo desculpas e fazendo declarações de amor. "Não te mereço e deixei tudo acabar", escreveu. O casal brigava por causa de um relacionamento anterior de Diego, que ainda é casado oficialmente com outra mulher.
A fisioterapeuta deixou uma filha de 7 anos.

(Com informações do G1)
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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Diz advogado:

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ONU aceita petição de Lula contra Moro
 
Do UOL, em Brasília
  • Juliana Knobel/Frame/Agência O Globo
Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgaram nesta quarta-feira (26) uma nota afirmando que o Acnudh (Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos) aceitou, preliminarmente, uma petição que afirma que o petista teve seus direitos humanos violados pelo juiz federal Sergio Moro, responsável por processos da Operação Lava Jato na primeira instância.
Ainda segundo a nota, o governo brasileiro foi intimado a apresentar "informações ou observações relevantes" sobre o caso em até dois meses.

Rahel Patrasso/Xinhua
O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba

 
Entre as violações apontadas pela petição movida pela defesa de Lula estão a condução coercitiva à qual ele foi submetido em março deste ano, a divulgação de gravações de conversas telefônicas nas quais Lula, seus familiares e funcionários do Instituto Lula apareciam e a suposta antecipação de "juízo de valor" por parte de Moro em relação a Lula antes de um julgamento propriamente dito.
"Avançamos mais um passo na proteção das garantias fundamentais do ex-presidente com o registro de nosso comunicado pela ONU. A data é emblemática porque justamente hoje nos encontramos em Boston, para discutir ofenômeno do 'lawfare' com especialistas da Universidade de Harvard. É especialmente importante saber que, a partir de agora, a ONU estará acompanhando formalmente as grosseiras violações que estão sendo praticadas diariamente contra Lula no Brasil', diz a nota assinada por Cristiano Zanin Martins, um dos advogados do petista.
O Insttituto Lula, ONG chefiada pelo ex-presidente, também divulgou uma carta da ONU sobre o caso. A carta divulgada pelo instituto afirma que a petição  movida pela defesa do ex-presidente foi "registrada". O documento também informa que uma cópia da petição foi enviada ao governo brasileiro com o "pedido de que qualquer informação ou observação a respeito do tema da admissibilidade da comunicação" deve ser encaminhada às Nações Unidas em até dois meses. 
Para Zanin, Lula está sendo vítima de uma espécie de "lawfare", ou "arma de guerra", em que é eleito um inimigo e a lei passa a ser usada ou manipulada contra aquele definido como tal. De acordo com o advogado, a estratégia prevê, entre outras práticas, a "manipulação do sistema legal", a "promoção da desilusão popular" e a "acusação das ações dos inimigos como imorais e ilegais"-- técnicas que, segundo Zanin, estariam sendo empregadas contra Lula e a família.
O recurso de Lula à ONU é mais um na batalha entre a defesa do ex-presidente e o juiz da 13ª Vara de Curitiba. O último dia 10, a defesa de Lula pediu o afastamento do juiz federal e dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato dos processos que tramitam contra o petista "por considerar que eles feriram os princípios da moralidade e impessoalidade para se referir a Lula e familiares."
Por telefone, a assessoria de imprensa de Sergio Moro disse que ele nunca se manifestou antes sobre essa petição de Lula e que não há previsão que ele se manifeste. A reportagem do UOLtambém entrou em contato com o Minitério das Relações Exteriores e com os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, que ainda não retornaram os contatos da reportagem.

Os casos de Lula na Justiça

No último dia 13, o juiz da 10º Vara Federal de Brasília Vallisney Souza Oliveira aceitou denúncia contra o ex-presidente por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa.
Foi a terceira vez que o ex-presidente tornou-se réu em processos relacionados à Operação Lava Jato. A investigação em curso foi deflagrada pela Operação Janus, que é um desdobramento da Lava Jato.
Lula é réu em duas ações na Justiça Federal e ainda pode ser incluído em uma terceira ação que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal).
Na primeira ação em que se tornou réu, em julho, Lula será julgado pela Justiça Federal do Distrito Federal das acusações de que teria tentado obstruir investigações da Operação Lava Jato para evitar a colaboração premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
A segunda ação em que Lula virou réu, em setembro, diz respeito a supostas vantagens indevidas recebidas na construção e reforma do apartamento tríplex de Guarujá (SP) e no pagamento do armazenamento do seu acervo pessoal, ambas custeadas pela construtora OAS numa soma de R$ 3,8 milhões. Conforme a denúncia, Lula seria o dono real do imóvel, o que ele nega. Lula será julgado pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos em primeira instância da Lava Jato.
Além dessas duas ações e do indiciamento no caso de contratos em Angola, em maio, a PGR (Procuradoria-Geral da República) havia pedido a inclusão do ex-presidente no principal inquérito da Lava Jato, conhecido como inquérito-mãe, que apura denúncias de desvio de dinheiro na Petrobras e está tramitando no STF (Supremo Tribunal Federal).
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sábado, 22 de outubro de 2016

Vítima de estupro coletivo :

volta a ser molestada por criminoso em carro de polícia
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A Polícia Civil e a Polícia Militar abriram procedimentos para investigar a conduta de seus agentes ao atenderem caso de estupro coletivo de uma mulher de 34 anos. A vítima foi conduzida à delegacia ao lado dos seus agressores e voltou a ser molestada no carro da PM. Na delegacia, o agente escreveu termos vulgares ao registrar a ocorrência, como "só gritou quando empurraram um galho de árvore na sua bunda". Dois adolescentes foram apreendidos pelo crime. Era o quarto ataque sexual que a mulher sofria do mesmo grupo.
O caso foi revelado pelo jornal "Extra". A vendedora X., de 34 anos, foi atacada na madrugada de segunda-feira, 17. Ela estava em um bar com um amigo, no bairro Lagoinha, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, quando quatro jovens ligados ao tráfico da região a arrastaram para o banheiro do bar. De lá, ela foi levada para uma rua deserta e com pouca iluminação, onde passou a ser estuprada pelo grupo. Um carro do 7º Batalhão da PM (São Gonçalo) passou pelo local, a encontrou nua e a socorreu.
Mais à frente, os policiais encontraram os adolescentes, que foram reconhecidos pela mulher. Eles foram detidos e sentaram na mesma viatura, ao lado da vítima. No caminho para a delegacia, um deles alisou sua perna e a ameaçou: "Fica tranquilinha, vai dar tudo certo".
A vendedora foi levada para a 74ª Delegacia de Polícia (Alcântara), que não tem Núcleo de Atendimento à Mulher nem seguiu o novo protocolo da Polícia Civil para atendimento de vítimas de violência sexual, que prevê "atendimento humanizado à vítima, proporcionando condições necessárias para que ela possa comunicar a violência sofrida".
No registro de ocorrência, o policial escreveu expressões como "boquete triplo", "fizeram anal e vaginal", "não usaram camisinha, no pelo", e ainda "que a declarante só gritou quando empurraram um galho de árvore na sua bunda".

Protesto em Copacabana pelo fim da violência contra mulher

"Não é fácil. Durante o depoimento, fiquei muito desconcertada. Tinha acabado de acontecer tudo aquilo comigo. Estava sentindo dor e ainda muito abalada. Depois, fui para casa e me senti muito abandonada", disse a vendedora, em entrevista ao Extra.
A vendedora contou que há quatro anos um ex-namorado divulgou vídeo íntimo gravado sem consentimento na favela onde ela mora. Depois disso, os traficantes a estupraram quatro vezes, em quatro anos.
"Estou me sentindo completamente desamparada. Eu tinha medo de que justamente isso pudesse acontecer se eu registrasse o caso. Minha vida está devastada. Eu e minhas filhas não podemos ir para casa. As amigas das minhas filhas foram a minha casa e encontraram tudo revirado. Tentaram levar até a minha máquina de lavar", disse ao jornal.
A polícia abriu inquérito e tenta localizar os outros criminosos. A Chefia de Polícia Civil determinou a redistribuição do inquérito policial à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de São Gonçalo. O caso segue em sigilo e está sendo acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos. A mulher está na casa de amigos.
"A Polícia Civil destaca que, diante de eventual descumprimento do protocolo de atendimento e da conduta do policial civil veiculada pela imprensa, o delegado titular da 74ª Delegacia de Polícia instaurou procedimento para apurar a ocorrência de infração disciplinar", informou a Polícia Civil, em nota.
Já a PM informou que outras viaturas estavam ocupadas em outras ocorrências, "por se tratar de área de risco". "A ação da PM foi fundamental para que acusados de envolvimento neste crime fossem presos. Todavia, as circunstâncias da ocorrência em que a vítima foi atendida e que dois suspeitos foram presos serão apuradas."

Estupro coletivo

Em maio, uma adolescente de 16 anos foi vítima de estupro coletivo numa favela da zona norte e os criminosos divulgaram vídeos e fotos da jovem desacordada. Ela chegou a dizer que "acordou com 33 homens em cima" dela.
A polícia, no entanto, entendeu que, "por perturbação ou trauma", ela fez a confusão. Raí de Souza e Raphael Duarte Belo estão em prisão preventiva pelo crime de estupro. O traficante Moisés Camilo Lucena, acusado do mesmo crime, está foragido.
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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Multa de trânsito

fica mais cara em novembro; a de celular será R$ 293
 
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) sofreu alterações e a partir de novembro todas as multas ficarão no mínimo 53% mais caras, de acordo com o Senado Federal.
Algumas estão mais de 300% mais salgadas, como utilizar o celular ao volante, que hoje rende multa de R$ 85,13 e quatro pontos na CNH, e passará a custar R$ 293,47.
A multa de velocidade (até 20% acima do permitido) sairá de R$ 85,13 e saltará para R$ 130,16. Em casos de registros de 20% a 50% acima da velocidade, o valor salta dos atuais R$ 127,69 para R$ 195,23.
Quem for flagrado por radares em velocidade 50% maior do que o previsto seguirá cometendo infração gravíssima e levando sete pontos na carteira (que, multiplicados por três, resulta em apreensão da CNH e suspensão do direito de dirigir), mas o valor da multa pulará de R$ 574,62 para R$ 880,41.
Veja, na tabelinha ao lado, um resumo divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Senado que mostra os valores atualizados das infrações mais comuns (celular, velocidade, sinal vermelho e estacionamento em vagas prioritárias).
Estes são os novos valores:
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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Ex-deputado Eduardo Cunha:

É preso em Brasília e tem R$ 220 mi bloqueados
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Felipe Amorim e Leandro Prazeres
Do UOL, em Brasília
  • Pedro Ladeira/Folhapress
    Eduardo Cunha embarca para Curitiba
    Eduardo Cunha embarca para Curitiba
O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso nesta quarta-feira (19) em Brasília, seis dias depois de se tornar réu na Operação Lava Jato, no Paraná. Ele foi detido nos arredores de sua residência de Brasília, que fica na Asa Sul.
Também foi decretado o bloqueio de bens de Cunha no valor de R$ 220.677.515,24.
A ordem de prisão foi expedida ontem pelo juiz o juiz Sergio Moro, responsável pelos processos na 13ª Vara Federal de Curitiba. Cunha é réu sob a acusação de ter recebido propina em contas na Suíça do esquema de corrupção da Petrobras.
Às 15h, Cunha embarcou no avião da Polícia Federal rumo à capital paranaense.
Segundo a Polícia Federal, a prisão do deputado é preventiva. 
Em seu perfil no Facebook, Cunha classificou a decisão de Moro como "absurda". E afirmou que Moro não tem "competência" para prendê-lo.

No pedido de prisão, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato sustentaram que a liberdade do ex-parlamentar representava risco à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade (Cunha é italiano e brasileiro). 
A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) sustenta que o ex-deputado recebeu mais de R$ 5 milhões em propina por viabilizar a aquisição de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras.
De acordo, com o MPF, Cunha recebeu US$ 1,5 milhão a título de propina, por intermédio do operador financeiro João Augusto Rezende Henriques, que depositou o valor em uma conta na Suíça. Henriques também se encontra preso preventivamente desde agosto de 2015 e já respondia pelos mesmos fatos perante a 13.ª Vara Federal Criminal desde junho de 2016. Na mesma ação penal foram denunciados Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Petrobras, Idalecio Oliveira, empresário português que era proprietário do campo, e Cláudia Cordeiro Cruz, mulher de Cunha, que é acusada de seu utilizar de uma conta em seu nome para ocultar a existência dos valores.

ADRIANO MACHADO -12.set.2016 /Reuters
Cunha deixa plenário da Câmara após ter mandato cassado, em setembro

Razões para a prisão

O Ministério Público Federal cita dez motivos para a prisão de Cunha.
1) requerimentos no Tribunal de Contas da União (TCU) e Câmara dos Deputados sobre a empresa Mitsui para forçar o lobista Julio Camargo a pagar propina a Eduardo Cunha;
2) requerimentos contra o grupo Schahin, cujos acionistas eram inimigos pessoais do ex-deputado e do seu operador, Lucio Bolonha Funaro;
3) convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do lobista Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou Cunha de ter recebido propina da Petrobras;
4) contratação da Kroll pela CPI da Petrobras para tentar tirar a credibilidade de colaboradores da Operação Lava Jato;
5) pedido de quebra de sigilo de parentes de Alberto Youssef, o primeiro colaborador a delatar Eduardo Cunha;
6) apresentação de projeto de lei que prevê que colaboradores não podem corrigir seus depoimentos;
7) demissão do servidor de informática da Câmara que forneceu provas evidenciando que os requerimentos para pressionar a empresa Mitsui foram elaborados por Cunha, e não pela então deputada "laranja" Solange Almeida;
8) manobras junto a aliados no Conselho de Ética para enterrar o processo que pedia a cassação do deputado;
9) ameaças relatadas pelo ex-relator do Conselho de Ética, Fausto Pinato (PRB-SP); e
10) relato de oferta de propina a Pinatto, ex-relator do processo de Cunha no Conselho de Ética.
Moro citou ainda risco à ordem pública e risco à aplicação da lei penal ao defender a prisão do ex-deputado. 

Outro lado

Antes de publicar um posicionamento no Facebook, os advogados de Cunha haviam se manifestado.
O criminalista Ticiano Figueiredo criticou a prisão preventiva de seu cliente: "O Supremo passou seis meses com o pedido de prisão para decidir em relação a Eduardo Cunha e não prendeu porque não entendeu que não havia nenhum dos requisitos necessários e aí surpreendentemente Moro, com uma semana que o processo está na mão dele, decreta prisão sem qualquer fato novo". Para ele, a decretação da prisão é "surpreendente". 
Fernanda Tortima, que também defende o ex-deputado, afirmou que a equipe está se informando sobre os documentos que embasam o mandado de prisão e vão se pronunciar em breve.

Outras denúncias contra Cunha

O deputado também é alvo de uma terceira denúncia criminal, que ainda não foi aceita pela Justiça. O caso foi encaminhado pelo ministro Teori Zavascki à Justiça Federal do Distrito Federal.
A denúncia acusa o peemedebista de participar de um esquema de propina ligado à liberação de recursos do FI-FGTS, fundo de investimentos do FGTS. A ação é baseada na delação do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, apontado como próximo a Cunha. Em nota divulgada à época da divulgação da denúncia, Cunha afirmou que não possui "operador" e não autorizou "ninguém a tratar qualquer coisa" em seu nome. 
Há ainda seis inquéritos em que Cunha é investigado suspeito de participação em casos de corrupção. O deputado nega as suspeitas e tem afirmado que vai provar sua inocência.
Um inquérito apura se ele recebeu R$ 52 milhões em propina do consórcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca Christiani Nielsen Engenharia, que atuava na obra do Porto Maravilha, no Rio.
Outro inquérito investiga o deputado por suposto recebimento de propina da Furnas Centrais Hidrelétricas.
Cunha também é alvo de inquéritos que investigam o financiamento de diversos políticos por meio do petrolão, pela suposta venda de emendas parlamentares, pela apresentação de requerimentos para pressionar o banco Schahin e pelo suposto favorecimento à OAS em troca de doações eleitorais.
Cunha também é réu em outro processo ligado às suspeitas de corrupção na Petrobras, no qual ele é acusado de receber propina ligada à contratos de navios-sonda pela Petrobras. Esse caso está sob a responsabilidade do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro).
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terça-feira, 18 de outubro de 2016

STJ cassa decisão que:


considerou estupro apenas um 'beijo roubado'
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Em São Paulo
  • Shutterstock
A Sexta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) acolheu recurso do Ministério Público de Mato Grosso e restabeleceu a sentença que condenou um rapaz de 18 anos por estupro de uma adolescente de 15.
Após a sentença haver condenado o réu a oito anos em regime inicialmente fechado, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso o absolveu por entender que sua conduta não configurou estupro, mas meramente um 'beijo roubado'.
As informações foram divulgadas no site do STJ (O número deste processo não é divulgado por causa do segredo judicial).
Para o ministro relator do caso na Corte, Rogerio Schietti Cruz, a decisão do Tribunal de Mato Grosso utilizou argumentação que reforça 'a cultura permissiva de invasão à liberdade sexual das mulheres'.
O relator lembrou que 'estupro é um ato de violência, e não de sexo'.
"O tribunal estadual emprega argumentação que reproduz o que se identifica como a cultura do estupro, ou seja, a aceitação como natural da violência sexual contra as mulheres, em odioso processo de objetificação do corpo feminino", afirmou o ministro.
Rogério Schietti criticou a decisão que absolveu o réu e o mandou 'em paz para o lar'. Na opinião do ministro, tal afirmação 'desconsidera o sofrimento da vítima e isenta o agressor de qualquer culpa pelos seus atos'.
Rogerio Schietti disse que a simples leitura da decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso 'revela ter havido a prática intencional de ato libidinoso contra a vítima menor, e com violência'.

BRASILEIROS CULPAM A MULHER POR ESTUPRO

Consta do processo. "(…) que o acusado agarrou a vítima pelas costas, imobilizou-a, tapou sua boca e jogou-a no chão, tirou a blusa que ela usava e lhe deu um beijo, forçando a língua em sua boca, enquanto a mantinha no chão pressionando-a com o joelho sobre o abdômen."
A sentença reconheceu que o rapaz 'só não conseguiu manter relações sexuais com a vítima porque alguém se aproximou naquele momento em uma motocicleta'.
Mesmo com os fatos assim reconhecidos, afirmou o ministro, o Tribunal de Mato Grosso concluiu que eles não se enquadravam na definição de estupro, prevista no artigo 213 do Código Penal - 'constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso'.
Segundo a informação divulgada no site do STJ, para o desembargador relator do acórdão do TJ de Mato Grosso, 'o beijo foi rápido e roubado', com 'a duração de um relâmpago', insuficiente para 'propiciar ao agente a sensibilidade da conjunção carnal', e por isso não teria caracterizado ato libidinoso.
O relator, ainda segundo o julgamento do STJ, afirmou que, 'para ter havido contato com a língua da vítima, seria necessária a sua aquiescência'.
"Reproduzindo pensamento patriarcal e sexista, ainda muito presente em nossa sociedade, a Corte de origem entendeu que o ato não passou de um beijo roubado, tendo em vista a combinação tempo do ato mais negativa da vítima em conceder o beijo", observou Schietti.
Segundo o ministro, a prevalência desse pensamento 'ruboriza o Judiciário e não pode ser tolerada'. Ele classificou a fundamentação do acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso como 'mera retórica' para afastar a aplicação do artigo 213 do Código Penal.
"Todos os elementos caracterizadores do delito de estupro estão presentes no caso: a satisfação da lascívia, devidamente demonstrada, aliada ao constrangimento violento sofrido pela vítima, revela a vontade do réu de ofender a dignidade sexual da vítima."
Os outros ministros da Sexta Turma acompanharam o voto do relator.
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sábado, 15 de outubro de 2016

Capa d´A Gazeta do comércio:

Classificado impresso para o comércio Rondonense

Em circulação:

Classificado impresso para o comércio Rondonense


A Gazeta do Comércio:

Classificado impresso para o comércio Rondonense


Em circulação A Gazeta do Comércio

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Classificado impresso para o comércio Rondonense


A Gazeta do Comércio:

Classificado impresso para o comércio Rondonense

A Gazeta do Comércio:

Classificado impresso para o comércio Rondonense

Pastor é preso:

suspeito de abusar de menina de 5 anos em Minas Gerais
 
Rayder Bragon
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte
  • Emmanuel Pinheiro/Estado de Minas
    Caso está a cargo da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Montes Claros
    Caso está a cargo da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Montes Claros
Desenhos feitos por uma menina de 5 anos, supostamente retratando abusos sexuais dos quais ela teria sido vítima, levaram uma família de Montes Claros (a 417 km de Belo Horizonte), emMinas Gerais, a denunciar um pastor evangélico à polícia.
João da Silva, 54, foi preso nesta quinta-feira (13) na casa de uma irmã dele, após investigações que vinham sendo realizadas desde setembro, segundo informa a Polícia Civil de Minas Gerais.
UOL tentou entrar em contato com o advogado do acusado, Pedro Barnabé Carlos, por e-mail e por meio de redes sociais, como Facebook, mas ele não respondeu ás mensagens.
Após a entrevista coletiva da delegada Karine Maia Costa de Farias, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Montes Claros, Carlos concedeu uma rápida entrevista coletiva à imprensa local, ainda na delegacia da cidade. Segundo ele, não existem elementos que comprovem o crime atribuído ao cliente.
A delegada Karine Farias deu detalhes de como o suposto crime teria ocorrido. "A menina fazia aula de inglês com o acusado. A família frequentava a igreja evangélica onde ele exercia o cargo de segundo pastor e matriculou a filha no curso, em julho do ano passado. A princípio, eram ela e mais duas coleguinhas, mas depois elas saíram e ficou somente a vítima, sozinha com o acusado.  
Ainda de acordo com a delegada, a criança teria frequentado as aulas até janeiro deste ano, quando começou a se recusar a ir para as aulas.
"Os pais tiraram a menina por causa da recusa dela, mas ele [suspeito] ligou pedindo para que ela voltasse a frequentar as aulas. A menina, segundo os pais, disse que não queria voltar porque 'o tio João fazia bobagens'", relatou.
A partir desse comentário, ainda conforme a delegada, os pais passaram a desconfiar do pastor e, em razão do abatimento e da retração da garota, também procuraram ajuda psicológica. Segundo a família, a garota não queria mais ficar sozinha com o pai e também já não se aproximava de pessoas do sexo masculino.

Desenhos

De acordo com a delegada responsável pelo inquérito, a psicóloga orientou os pais a conversar com a filha e a procurar algo feito pela criança que pudesse externar ou explicar seu comportamento.
A partir disso, vasculhando os cadernos da menina, os pais encontraram desenhos feitos por ela que poderiam conter pistas do que vinha ocorrendo e os entregaram à polícia. 
"Ela narrou para os pais, depois que eles insistiram muito, detalhes dos abusos que ela tinha sofrido. Ela contou que ele [o suspeito] tirava a roupa dela, passava a língua. Ele também ficava nu. E isso aconteceu várias vezes", contou a delegada. A partir de então, o pastor passou a ser procurado para prestar depoimento, mas não era localizado.
Karine Farias disse que o pastor teria confessado o crime aos pais da menina e ao pastor titular da igreja evangélica. No entanto, ainda conforme a policial, durante depoimento prestado na delegacia, ele negou o crime, dizendo ter confessado apenas por temor que afirmou ter do pai da menina.
"Mas nós temos várias evidências de que o crime ocorreu", relatou a policial. Ela disse que o suspeito foi preso em razão de pedido de prisão temporária feito à Justiça. O pastor está detido no Presídio Alvorada, situado no município mineiro.
A delegada adiantou que, a partir de agora, as investigações serão feitas no sentido de tentar checar se o suspeito, que não tem passagens pela polícia, teria feito mais vítimas.
"No caso de crime hediondo, a prisão temporária é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Neste tempo, vamos prosseguir com as investigações, mas já temos a convicção de que ele será indiciado por estupro de vulnerável", disse. Caso seja condenado, o homem poderá ficar preso por até 15 anos, segundo informou a policial. A menina ainda vai passar por sessões com psicólogos da Polícia Civil.
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