terça-feira, 31 de maio de 2016

Aloysio Nunes:

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É o novo líder do governo no Senado

aloysio nunes foto george gianniO senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) aceitou o convite feito pelo presidente em exercício, Michel Temer, e é o novo líder do governo no Senado. O anúncio foi feito pelo próprio tucano, em vídeo publicado em sua página oficial no Facebook na tarde desta terça-feira (31). Aloysio afirmou que a sua decisão é resultado da “responsabilidade política” que o PSDB tem com o país após o afastamento de Dilma e também destacou que a gestão de Temer representa uma “esperança” para o Brasil.
“Nós do PSDB, e eu pessoalmente, nos empenhamos muito no impeachment. Eu participei de movimentos de rua, me manifestei no Senado, na imprensa, dizendo a minha opinião: que a presidente Dilma tinha cometido crimes graves de responsabilidade e que por isso ela devia ser afastada. E, conforme a Constituição, quem assume é o vice-presidente. O governo do presidente Temer é uma esperança, talvez a única nesse momento, de nós enfrentarmos a crise brutal que o governo Dilma nos legou”, ressaltou o parlamentar.
Aloysio afirmou também que, como novo líder do governo, terá um papel fundamental na aprovação das medidas econômicas que buscarão livrar o país do quadro de grave recessão econômica instalado durante a gestão petista. “Aceitei ser líder do governo para que eu possa contribuir no Senado para o bom desfecho desse processo e para que nós possamos aprovar as medidas econômicas que têm como efeito imediato estancar essa sangria, estancar essa decadência, a destruição da economia brasileira. Esta é a tarefa imediata que nós temos pela frente”, argumentou.
“Eu não quero que a Dilma volte. Eu não quero que o PT volte ao governo. Isso seria uma tragédia para o país. E, para que nós possamos evitar esse mal, esse grande mal, é preciso que nós nos esforcemos muito. Eu quero me esforçar para que o governo Temer dê certo”, encerrou o senador.

Desempregados no Brasil

Desemprego bate 11,2% e atinge 11,4 milhões de pessoas; é o pior desde 2012
Do UOL, em São Paulo
O desemprego no país atingiu, em média, 11,2% nos três meses até abril. É a maior taxa registrada pela pesquisa, que começou a ser feita em 2012.
No período, o número de desempregados no Brasil chegou a 11,4 milhões de pessoas. 
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. A pesquisa usa dados de trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa. Na de abril, são usados dados de fevereiro, março e abril.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Comparação com resultados anteriores

Entre fevereiro e abril de 2016, a taxa de desemprego foi de 11,2%:
  • no trimestre anterior (nov-15 a jan-16), havia sido de 9,5%;
  • um ano antes (fev-15 a abr-15), havia sido de 8%;
  • no trimestre encerrado em março (jan-16 a mar-16), havia sido de 10,9%.
O número de desempregados chegou a 11,4 milhões de pessoas:
  • no trimestre anterior (nov-15 a jan-16), havia sido de 9,6 milhões (alta de 18,6%);
  • um ano antes (fev-15 a abr-15), havia sido de 8 milhões (alta de 42,1%);
  • no trimestre encerrado em março (jan-16 a mar-16), havia sido de 11,1 milhões (alta de 2,9%).

População ocupada

Segundo a pesquisa, nos três meses até abril, 90,6 milhões de pessoas tinham trabalho. Esse número caiu 1,7% em um ano, representando 1,5 milhão de pessoas.
Na comparação com o trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, a queda foi de 1,1%.

Número de carteiras assinadas cai 4,3%

Aproximadamente 1,5 milhão de pessoas ficaram sem carteira assinada em um ano, de acordo com a pesquisa, uma queda de 4,3%. Na comparação com o trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, a queda foi de 1,8%. 
Esses números são apenas de carteiras assinadas no setor privado, não levando em conta trabalhadores de setores públicos, segundo o IBGE.

Rendimento médio de R$ 1.962

O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores nos três meses até abril foi de R$ 1.962, caindo 3,3% em um ano. No mesmo período de 2015, o rendimento era de R$ 2.030.
Em comparação com o trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, o rendimento ficou estável, segundo o IBGE.

Emprego cai na indústria, comércio e construção

Em relação ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, três atividades tiveram queda no emprego: indústria (-3,9% ou menos 473 mil pessoas), construção (-5,1% ou menos 400 mil pessoas) e comércio (-1,7% ou menos 302 mil pessoas). As demais ficaram estáveis, segundo o IBGE.
Em um ano, a indústria (-11,8%. ou menos 1,6 milhão de pessoas) e informação, comunicação e atividades financeiras (-7,8%, ou menos 820 mil pessoas) perderam trabalhadores.
Por outro lado, houve aumento de emprego em transporte, armazenagem e correio (5,3%, ou 227 mil pessoas); serviços domésticos (5,1%, ou 306 mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou 384 mil pessoas)
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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Rombo bilionário

Gastança desenfreada do PT deixou rombo bilionário para brasileiros, dizem deputadosA corrupção e a gastança desenfreada nos 13 anos do governo do PT provocaram um desarranjo na economia nacional e nas contas públicas, afirmaram deputados do PSDB durante a sessão do Congresso que analisou o Projeto de Lei do Congresso (PLN) 1/16. A proposta entregue pelo

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presidente interino Michel Temer altera a meta de superávit fiscal para prever um déficit de R$ 170,5 bilhões para este ano.
O valor proposto é 76,3% maior que a revisão (R$ 96,7 bilhões) feita pela equipe econômica do governo da presidente afastada Dilma Rousseff em março. Na avaliação do deputado Duarte Nogueira (SP), a discrepância entre os números indica que o PT tentou enganar os brasileiros para continuar a “cozinhar com a despensa cheia”.
“Fizeram tudo aquilo que nenhuma nação desenvolvida faria: desarranjo na economia, subsídios para quem não precisava, não fizeram reformas e praticaram crimes contra a Constituição para viabilizar a continuidade da gastança”, alertou. O tucano alerta que a gestão Dilma torrou tudo o que arrecadou e deixou um rombo enorme para todos os brasileiros.
TENTATIVA DE OBSTRUÇÃO
O PT e seus aliados tentaram de tudo para adiar a análise do PLN que altera a meta fiscal. A nova oposição obstruiu a sessão desta terça, em que o Congresso decidiu pela manutenção dos 24 vetos presidenciais que trancavam a pauta. A análise de destaques a 13 vetos foi até a madrugada de quarta-feira (25), quando teve início a discussão do PLN. O deputado Caio Narcio (MG) criticou o processo de obstrução organizado pela oposição. “Todo mundo sabe que parte do plenário quer fazer votações importantes para o Brasil, mas algumas pessoas estão usando da palavra para procrastinar”, disse.
No início da madrugada, o líder no PSDB na câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), chamou atenção para a quantidade de requerimentos apresentados pelo PT com a intenção clara de continuar a obstrução dos trabalhos, prejudicando o país. “Com o propósito de retardar mais ainda a votação de uma matéria de grande interesse nacional que trata da fixação de propostas que vão permitir ao governo operar um orçamento nos limites necessários para o bom funcionamento dos serviços públicos”, criticou.
COLAPSO
O Brasil entrou em colapso com o aumento de despesas correntes, cabides de emprego e manutenção de 39 ministérios, destacou Duarte. “Precisamos alargar o déficit fiscal não para gastar mais, mas para garantir que o Estado funcione com novas premissas”, explicou. Na avaliação do parlamentar, o Brasil precisa retomar os índices positivos na economia, na geração de empregos, na segurança jurídica e nos investimentos.
Considerando tudo o que aconteceu no país nas últimas semanas e a verdadeira “desarrumação” na economia deixada pela presidente afastada, a nova equipe econômica deve agir, avaliou o deputado Paulo Abi-Ackel (MG). “Temos a necessidade de obter parâmetros claros determinados pelo governo federal para que possamos entrar em um novo momento de recuperação e reorganização da economia”, explicou em vídeo postado nas redes sociais.
O país encara uma nova etapa, a de reconstrução, acrescentou o deputado Luiz Carlos Hauly (PR). “Reconstruir o governo, os estados, os municípios, o parque industrial sucateado, a renda das famílias que foram endividadas, conduzidas pelo mau exemplo desse governo lamentável que terminou dia 17. Agora é a hora de recompor”, declarou.
Segundo ele, é preciso aprovar uma agenda de reformas e instalar uma nova dinâmica. Ele cita a reforma completa do sistema tributário e uma discussão séria sobre a previdência. Além disso, Hauly considera essencial fiscalizar e fazer uma devassa em entidades como Petrobras, Eletrobras, BNDES, Banco do Brasil, entre outros. “Nós queremos reconstruir, endireitar o país”, frisou.
ANÁLISE DOS VETOS
Os deputados rejeitaram, por 266 votos a 33, destaque que pretendia derrubar item vetado do Projeto de Lei 2016/15, do Poder Executivo, que tipifica o crime de terrorismo. O item vedado considera crime de terrorismo o ato de incendiar, depredar, saquear, destruir ou explodir meios de transporte ou qualquer bem público ou privado. Para o deputado Domingos Sávio (MG), o povo não tolera mais tanto desrespeito aos direitos elementares do cidadão. “Se não tivermos leis duras para punir aqueles que não respeitam a democracia e a vida do cidadão, que país vamos construir para as gerações futuras?”, questionou.
O Congresso derrubou o veto parcial à Medida Provisória 691/15. O texto que será incluído na Lei 13.240/15 prevê o repasse de 20% do valor da venda de imóveis da União aos municípios onde o respectivo imóvel se localiza. A MP autoriza a União a fazer essa venda, inclusive de terrenos de marinha, destinando os recursos ao Programa de Administração Patrimonial da União (Proap).
Câmara e Senado derrubaram ainda o veto à anistia de policiais e bombeiros militares que participaram de movimentos reivindicatórios em diversos estados. Proibidos de se manifestar, esses militares recebem penas administrativas. O veto foi rejeitado por 286 deputados contra 8 votos favoráveis e 1 abstenção. No Senado, o placar foi de 44 contrários ao veto, 7 favoráveis e 1 abstenção.
(Reportagem: Elisa Tecles com informações da Agência Câmara/ Fotos: Alexssandro Loyola)

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Temer responderá pelo cargo

De vice a presidente, Temer assume por até 180 dias
Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil



O vice-presidente Michel Temer durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Com afastamento de Dilma, Temer assume o comando do país por até 180 dias Marcelo Camargo/Agência Brasil


Trinta e cinco anos após se filiar ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Michel Temer chega hoje (12) ao maior posto da República brasileira. Provisoriamente, por até 180 dias, Temer responderá pelo cargo de presidente do Brasil, após a abertura do processo de afastamento de Dilma Rousseff ter sido aprovado no Senado. Michel Miguel Elias Temer Lulia nasceu em Tietê (SP) no dia 23 de setembro de 1940 e é o caçula de oito irmãos.
Vice-presidente de Dilma desde o primeiro mandato, Temer foi responsável pela articulação política do governo, com a saída de Pepe Vargas da Secretaria de Relações Institucionais, no início de abril de 2015. Apesar de fazer parte do governo, nos últimos meses, viveu uma relação conturbada com Dilma. Em agosto, anunciou a saída da coordenação política.
Em dezembro, Temer escreveu uma carta em que se dizia "vice decorativo" e que não era ouvido pela então presidenta. À época, Dilma disse não ver motivos para desconfiar "um milímetro" de Michel Temer. Ela destacou ainda que não só confia como sempre confiou nele e que o vice-presidente sempre teve um comportamento "bastante correto".
Em março deste ano, o PMDB decidiu deixar a base do governo para apoiar o processo deimpeachment que tramitava na Câmara dos Deputados.
Já em abril, na mesma semana da votação no plenário da Câmara da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma, Temer enviou uma mensagem de voz a parlamentares do PMDB em que falava como se estivesse prestes a assumir o governo após o afastamento de Dilma. O áudio, de cerca de 14 minutos, dá a impressão de ser um comunicado dele ao "povo brasileiro" sobre como pretende conduzir o país, de forma transitória ou não. Depois das primeiras repercussões da mensagem nas redes sociais, a assessoria de Temer informou que o áudio foi enviado por engano a um grupo de deputados do partido.
No dia seguinte, Dilma disse que havia um golpe em curso contra o seu governo e, sem citar nomes, fala em "chefe e vice-chefe do golpe", referindo-se a Michel Temer e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), até então presidente da Câmara dos Deputados.
Trajetória política
Foi como oficial de gabinete de Ataliba Nogueira, secretário de Educação do governo de São Paulo, em 1964, que Michel Temer iniciou a carreira política. Sua filiação partidária ocorreu décadas depois, em 1981, ao assinar a ficha do PMDB, partido do qual nunca se afastou. Em 1983, foi nomeado procurador-geral do Estado de São Paulo no governo do correligionário Franco Montoro. No ano seguinte, assumiu a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, cargo que também ocupou no início dos anos 90.
Temer durante atuação como secretário de Segurança, quando criou a primeira Delegacia da Mulher do país
Temer durante atuação como secretário de Segurança, quando criou a primeira Delegacia da Mulher do paísAssessoria de Michel Temer
Sua atuação como secretário de Segurança foi marcada por ações inovadoras. Temer criou os conselhos comunitários de Segurança (Conensegs) e, após receber uma comissão que denunciava o espancamento de mulheres e o descaso de autoridades com os crimes, instituiu aprimeira Delegacia da Mulher no Brasil. Também criou a Delegacia de Proteção aos Direitos Autorais, instrumento de combate à pirataria, e a Delegacia de Apuração de Crimes Raciais.
Em 1986, foi candidato a deputado federal pelo PMDB de São Paulo, mas, com os 43.747 votos obtidos, ficou com a vaga de suplente. Em 16 de março de 1987, assumiu o primeiro mandato na Câmara, com a licença do deputado Tidei de Lima e se tornou constituinte. Na segunda eleição, em 1990, Michel Temer também ficou com a suplência, registrando 32. 024 votos.
Em 1992, no governo de Luiz Antônio Fleury em São Paulo, voltou à Secretaria de Segurança seis dias após o Massacre do Carandiru. Naquela ocasião, uma intervenção da Polícia Militar no Pavilhão 9 da Casa de Detenção, para conter uma rebelião, provocou a morte de 111 detentos.
Influência política
Temer exerceu seis mandatos como deputado federal. No pleito de 2006, com 99.046 votos, foi eleito com o menor número de votos entre os três parlamentares do PMDB que conquistaram vaga na Câmara. Antonio Bulhões obteve 109.978 votos e Francisco Rossi de Almeida, 106.272.
Em 2009, foi apontado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) como parlamentar mais influente do Congresso Nacional. "Michel Temer é um político experiente, de boa formação, habilidoso na articulação com os agentes públicos de modo geral e com os demais poderes quando exerce a função de chefe de poder. É um parlamentar que conhece a real importância do diálogo, da negociação e isso pode ser um diferencial neste período à frente da Presidência da República", disse Antônio Augusto, jornalista e analista político do Diap.
Temer foi eleito três vezes para a presidência da Câmara (1997, 1999 e 2009). Na condição de presidente da Casa, assumiu a Presidência da República interinamente por duas vezes: de 27 a 31 de janeiro de 1998 e em 15 de junho de 1999 (governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso)
No PMDB, foi presidente do Diretório Nacional de 2001 ao fim de 2010. No ano seguinte, licenciou-se do posto ao assumir a Vice-Presidência da República. Em 2013, ele voltou ao posto, eleito por unanimidade. Após a saída do PMDB do governo em março, em meio às discussões doimpeachment da presidenta Dilma Rousseff, Temer licenciou-se da presidência da legenda e deu lugar ao senador Romero Jucá (PMDB-RO).
Aliança PT-PMDB
Bolo marca união entre PT e PMDB
Bolo marcou, em 2011, a união entre PT e PMDBArquivo/Agência Brasil
A aliança entre o PMDB e o PT começou no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há 13 anos. Em votação simbólica, no dia 13 de junho de 2010, os petistas aprovaram, durante a convenção nacional do PT, em Brasília, a formalização da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República e a indicação do deputado Michel Temer (PMDB-SP) para vice na chapa.
Em julho de 2011, em meio à última reunião da base aliada no primeiro semestre, houve até um bolo com os bonecos de Dilma Rousseff e de Michel Temer no topo. Na época, petistas como Ricardo Berzoini e peemedebistas como Henrique Eduardo Alves e Marcelo Castro, todos ministros do governo Dilma, repartiram o bolo para celebrar o "casamento" entre as legendas.
Formação
Formado em direito pela Universidade de São Paulo (1963), Temer é doutor em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. O presidente em exercício também atuou como professor de direito em 1968. Sua carreira acadêmica estendeu-se até 1984.
Temer é autor dos livros Constituição e Política, Territórios Federais nas Constituições BrasileirasSeus Direitos na Constituinte e Elementos do Direito Constitucional, esse último na 24ª edição, com mais de 200 mil exemplares vendidos.
Intimidade
A intimidade do presidente empossado nesta quinta-feira sempre foi preservada. Apesar do reconhecido traquejo político, Michel Temer manteve-se discretamente nos bastidores do poder.
Com a publicação de seu livro de poemas Anônima Intimidade, em 2013, deixou de lado o perfil reservado de político e expôs traços de sua natureza íntima. Na ocasião, contou que a obra foi escrita durante viagens entre a residência pessoal e reduto eleitoral, em São Paulo, e a capital federal. Temer afirmou que os versos eram "imortalizados em guardanapos".
Temer é casado há 13 anos com Marcela Temer, com quem tem o filho Michel. Também foi casado com Neusa Popinigis (sem filhos) e com Maria de Toledo, com quem teve três filhas: Clarissa, Luciana e Maristela.
Também filiada ao PMDB, Luciana Temer é secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).
*Colaborou Paula Loboissière
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Acabou :

Dilma é intimada e deixa Presidência por até 180 dias

DO UOL, EM BRASÍLIA
  • ALAN MARQUES - 4.MAI.2016/FOLHAPRESS
    A presidente Dilma Rousseff em cerimônia no Palácio do Planalto na semana passada
    A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF EM CERIMÔNIA NO PALÁCIO DO PLANALTO NA SEMANA PASSADA
APÓS O SENADO APROVAR NESTA QUINTA-FEIRA (12) A ABERTURA DO PROCESSO DE IMPEACHMENT DA PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF (PT), ELA FOI INTIMADA NESTA MANHÃ PELO SENADOR VICENTINHO ALVES (PR-TO), PRIMEIRO SECRETÁRIO DO SENADO, SEGUNDO O DEPUTADO PAULO TEIXEIRA (PT-SP), QUE ESTAVA COM ELA. AGORA, ELA DEVE DEIXAR A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA POR ATÉ 180 DIAS.
DILMA FARÁ UM PRONUNCIAMENTO ANTES DE DEIXAR O CARGO E, EM SEGUIDA, SAI A PÉ DO PLANALTO E VAI ATÉ A PRAÇA DOS TRÊS PODERES PARA ENCONTRAR MANIFESTANTES.
O SENADO ACEITOU O PEDIDO DE ABERTURA DO PROCESSO DE IMPEACHMENT DA PRESIDENTE POR 55 VOTOS A FAVOR E 22 CONTRA. DILMA DEIXA A PRESIDÊNCIA UM ANO E QUATRO MESES DEPOIS DE ASSUMIR SEU SEGUNDO MANDATO. MICHEL TEMER (PMDB) ASSUME INTERINAMENTE EM SEGUIDA. ELE ESTÁ REUNIDO COM ASSESSORES NO PALÁCIO DO JABURU E LÁ TAMBÉM SERÁ NOTIFICADO PELO SENADOR. A SESSÃO DUROU MAIS DE 20 HORAS.
DEPUTADOS FEDERAIS DO PT ESTÃO NO PALÁCIO DO PLANALTO PARA PARTICIPAR DO ATO PÚBLICO DA SAÍDA DA PRESIDENTE DILMA.
A INTIMAÇÃO QUE O SENADOR VICENTINHO ENTREGOU A DILMA RELACIONA AS PRERROGATIVAS QUE A PETISTA TERÁ A PARTIR DE SEU AFASTAMENTO. ATÉ A DECISÃO DEFINITIVA DO SEU JULGAMENTO NO SENADO, DILMA TERÁ DIREITO A PERMANECER NA RESIDÊNCIA OFICIAL, SEGURANÇA PESSOAL, ASSISTÊNCIA À SAÚDE, TRANSPORTE AÉREO E TERRESTRE, REMUNERAÇÃO E ASSESSORES.

RESULTADO DE VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT GERA

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terça-feira, 10 de maio de 2016

Fim de linha

Dilma mantém agenda cheia, mas começa a limpa
  • Ueslei Marcelino/Reuters
    Mesa de trabalho de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto
    Mesa de trabalho de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto
A dois dias de um possível afastamento, a presidente Dilma Rousseff já limpou a mesa e as prateleiras do seu gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto, em um sinal claro de que seu governo já se prepara para descer a rampa no dia 12, acompanhada dos auxiliares mais fiéis e para ser recebida nas ruas por representantes de movimentos sociais, assim que for notificada oficialmente pelo Senado.
Em uma de suas últimas audiências como presidente, nesta terça-feira (10), a presidente recebeu o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, em uma sala já sem objetos pessoais e uma mesa vazia. Seguranças da Presidência tentavam evitar que os fotógrafos, chamados para registrar o encontro, vissem os sinais da saída iminente de Dilma do Planalto.
A presidente deve receber a notificação de seu afastamento na quinta-feira, dia seguinte àvotação da admissibilidade do impeachment pelo plenário do Senado. A expectativa no Planalto é que a sessão vá até a madrugada – ou pelo menos tarde da noite. Dilma deve ser informada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), do horário em que emissários do Congresso irão entregar a notificação.
De acordo com uma fonte palaciana, a presidente ainda não decidiu se receberá a notificação em uma cerimônia aberta, para marcar sua saída, ou em seu gabinete. Está acertado, no entanto, que Dilma desce a rampa do Palácio do Planalto – a mesma que subiu por duas vezes, ao tomar posse em janeiro de 2011 e de 2015.
Pedro Ladeira/Folhapress
Dilma discursa em inauguração de aeroporto em Goiânia. Presidente mantém agenda às vésperas de possível afastamento
Ao seu lado, estarão alguns de seus principais auxiliares – entre eles, o ministro-chefe de Gabinete, Jaques Wagner, os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Edinho Silva (Secretaria de Comunicação da Presidência), e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, entre outros. Não está certo ainda se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou na noite desta segunda-feira a Brasília, irá acompanhá-la na saída do Palácio do Planalto.
Movimentos sociais alinhados com o governo – entre eles a Central Única dos Trabalhadores, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e a Frente Nacional dos Movimentos Populares– organizam uma mobilização para esperar Dilma ao pé da rampa.
São esperadas cerca de 10 mil pessoas, segundo a fonte, e chegou-se a cogitar uma caminhada de Dilma e seus ministros entre o Planalto e o Palácio da Alvorada – uma distância de pouco menos de cinco quilômetros. De acordo com a fonte palaciana, é pouco provável que isso ocorra, mas se imagina que os movimentos sociais irão até o Alvorada.
O Planalto ainda negocia com o Senado qual estrutura Dilma terá a sua disposição durante os até 180 dias que ficará afastada, durante o período de julgamento pelo Senado.
A presidente terá o uso do Palácio da Alvorada e o staff que o mantém, cerca de 300 pessoas entre seguranças, manutenção, e outros funcionários de serviços domésticos.
O pedido é que também lhe seja permitido manter entre 15 e 20 servidores de cargos de confiança. Entre eles, o assessor especial da Presidência, Giles Azevedo, seu assessor pessoal, o jornalista Bruno Monteiro, além de outros assessores particulares, que cuidam da agenda de produção de informação para a presidente.
Ainda não houve uma resposta definitiva por parte do Senado. Um dos pedidos – que devem ser concedidos – é o de uso de um avião da Força Aérea Brasileira para possíveis deslocamentos. A alegação é que Dilma, apesar de afastada, ainda se mantém presidente e não poderia se deslocar sem pessoal de segurança, o que inviabiliza o transporte comum.
Vou fazer o quê? Parar de governar? Ainda sou presidente.

Melancolia

Nos corredores do Palácio do Planalto, o clima é de melancolia. De acordo com assessores próximos, Dilma continua trabalhando como se seus dias no cargo não estivessem contados. Há alguns dias, segundo a fonte, questionada se manteria uma das recentes viagens que fez, respondeu: "Vou fazer o quê? Parar de governar? Ainda sou presidente."
Entre seus auxiliares, no entanto, o tempo é de arrumar gavetas, separar documentos e reunir objetos pessoais, assim como já fez a chefe. As salas já têm bem menos gente do que há algumas semanas, e a preocupação de onde cada um vai estar a partir da próxima semana é visível.
"O que eu mais faço nas últimas semanas é rasgar papel", disse outra fonte palaciana.
Dilma, no entanto, tenta manter a rotina. Nas últimas semanas, fez pelo menos quatro viagens para inaugurar obras, mandou anunciar iniciativas do governo, e é possível que na quarta-feira, enquanto o Senado vota seu afastamento, ainda faça mais um evento, com estudantes, para marcar sua despedida.
* Com reportagem adicional de Adriano Machado
Leia mais em: http://zip.net/bstgFtr gabinete para deixar Planalto
Lisandra Paraguassu
Reuters, em Brasília


segunda-feira, 9 de maio de 2016

A votação ocorrerá normalmente

O Brasil acordou


O Senado acaba de ignorar o pedido de anulação feito por Waldir Maranhão e vai dar seguimento ao trâmite. A votação ocorrerá normalmente e Dilma deverá ser afastada SIM ainda nesta semana.
O que Maranhão conseguiu foi apenas um ódio instantâneo da nação e ter os holofotes virados pra si, além de mais uma prova cabal da indignação seletiva da esquerda.
Vão fazer o diabo pra interromper o processo, vão tumultuar...mas no fim, Dilma sai.

Sem efeito

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Anulação "não tem efeito prático", diz presidente da comissão do impeachment no Senado
Gustavo Maia
Do UOL, no Rio
  • Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
    O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) preside a Comissão Especial de Impeachment no Senado
    O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) preside a Comissão Especial de Impeachment no Senado
A decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA) de anular, nesta segunda-feira (9), a tramitação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Casa "não tem efeito jurídico ou prático", declarou o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que preside a Comissão Especial de Impeachment no Senado.
No entendimento do peemedebista, "a Câmara perdeu total e absoluto controle no momento que entregou o processo ao Senado". "O Senado Federal não segue o que determina a Câmara dos Deputados", completou o parlamentar, que disse estar preparado para votar a abertura do processo nesta quarta (11).
Eleito por aclamação pelos 21 integrantes da comissão, Lira afirmou que a sessão de votação da admissibilidade do impeachment, realizada no dia 17 do mês passado, ocorreu "rigorosamente de acordo com a lei 1.079/1950 e com os ritos determinados pelo STF (Supremo Tribunal Federal)".
"O presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que no momento presidia a sessão, tinha todos os direitos constitucionais. Então não tem como mudar agora. Ele tinha plenas condições", argumentou Lira, que é correligionário de Cunha, cujo mandato foi suspenso pelo STF na última quinta-feira (5).
Para o senador, a decisão do presidente interino da Câmara foi "meramente política". Em nota enviada à imprensa, Maranhão informou ter recebido ofício enviado no dia 27 do mês passado por Lira "em que [o senador] indagava sobre o andamento de recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União contra a decisão que autorizou a instauração de processo de impeachment" contra Dilma.
Ao UOL, Lira afirmou que o ofício foi encaminhado por conta de uma questão de ordem apresentada pela senadora Gleisi Hoffman (PT-PR). "A solicitação tinha que ser feita via comissão. Quando receber, vou encaminhar a resposta à senadora", afirmou.
Por ser presidente da comissão especial, o senador não precisou votar a aprovação do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) na última sexta (6). Na quarta-feira, caso a votação seja mantida, ele disse já ter tomado a decisão de qual será seu voto, mas optou por não revela-lo à reportagem.

Entenda a decisão

Ao anular as três sessões em que a Câmara votou e decidiu pelo prosseguimento do pedido de impeachment, o deputado Waldir Maranhão determinou que uma nova votação aconteça no prazo de cinco sessões "contadas da data em que o processo for devolvido pelo Senado à Câmara". Não há uma data definida para isso acontecer.
Segundo nota, ele acolheu parte dos argumentos do ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia-Geral da União, que disse terem ocorridos "vícios" no processo.
"Não poderiam os partidos políticos ter fechado questão ou firmado orientação para que os parlamentares votassem de um modo ou de outro, uma vez que, no caso deveriam votar de acordo com as suas convicções pessoais e livremente", escreveu Maranhão em sua decisão.
O deputado descumpriu orientação do PP, seu partido, e votou contra o impeachment de Dilma na Câmara. Maranhão assumiu a presidência da Câmara após Eduardo Cunha na quinta (5).
Leia mais em: http://zip.net/bstgm3