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Golpe é impedir que investigação sobre campanha da presidente Dilma aconteça, diz Domingos Sávio

“É fundamental que nós tenhamos as instituições funcionando. Verdadeiro golpe seria impedir as instituições de funcionar, especialmente a Justiça”, disse o tucano, ao fazer referência a recentes declarações de Dilma de que há uma tentativa de golpe em curso no país. “O que temos percebido é que ela e o PT querem se colocar como vítimas e passar a ideia de que ser investigada e prestar contas à nação seria um golpe. Golpe é não permitir que as investigações ocorram. Todas as ditaduras começam assim, com os governantes se colocando acima da lei”, rebateu.
No início do ano, a ação de impugnação do mandato da chapa de Dilma e Michel Temer havia sido arquivada pela ministra Maria Thereza Moura. Um recurso do PSDB levou o caso ao plenário do tribunal. Até agora, votaram pela continuidade da ação os ministros Gilmar Mendes, João Otávio de Noronha, Luiz Fux e Henrique Neves. O único voto pelo arquivamento foi de Maria Thereza. A ação contra Dilma deve entrar na pauta do TSE na terça-feira (22).
Domingos Sávio lembra que, antes da eleição, Dilma já alegava que faria de tudo para vencer. Segundo ele, a petista provou isso lançando mão de artifícios ilegais. “Foram além da ameaça: usaram a máquina pública de maneira criminosa e colocaram o país em um descontrole fiscal. As pedaladas não são algo simples, as consequências estão aí. É algo gravíssimo, gastaram bilhões sem previsão orçamentária e boa parte desses recursos jogados no lixo é fruto de corrução e alimentou a campanha criminosa da presidente”, alertou.
ADITAMENTO
Na quinta-feira (17), deputados tucanos acompanharam a apresentação de aditamento ao pedido de impeachment de Dilma na Câmara. A petição foi protocolada pelo jurista Miguel Reale Júnior, pela filha do fundador do PT Hélio Bicudo, Maria Lúcia Bicudo, e por representantes de movimentos sociais. Na semana anterior, os tucanos, ao lado de representantes de outros partidos da oposição e até mesmo da base do governo, lançaram o movimento pró-impeachment na Casa.
Na quinta-feira (17), deputados tucanos acompanharam a apresentação de aditamento ao pedido de impeachment de Dilma na Câmara. A petição foi protocolada pelo jurista Miguel Reale Júnior, pela filha do fundador do PT Hélio Bicudo, Maria Lúcia Bicudo, e por representantes de movimentos sociais. Na semana anterior, os tucanos, ao lado de representantes de outros partidos da oposição e até mesmo da base do governo, lançaram o movimento pró-impeachment na Casa.
De acordo com Sávio, todas essas ações levarão ao desfecho que a nação espera: o afastamento da presidente diante da comprovação de irregularidades. “A presidente tem que se submeter às decisões da Justiça. Ela cometeu crimes gravíssimos e a vítima está sendo o povo brasileiro, pagando um preço muito alto”, avalia. Em sua avaliação não dá para considerar normal ganhar as eleições usando a máquina pública de maneira ilegal, desrespeitando a LRF e usando dinheiro da corrupção na campanha. “Estaríamos decretando a falência da democracia”.
Exatamente por defender a democracia, o parlamentar diz é fundamental o prosseguimento da investigação no TSE e que ela ocorra da maneira mais transparente possível. O deputado destaca ainda que a presidente e seu vice têm todo o direito de defesa, que deve lhes ser assegurado. “O que não pode ocorrer é o que ela e os petistas querem, que é jogar tudo para debaixo do tapete e ir com essa conversa de que investigá-la é golpe”.
(Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: / Áudio: Hélio Ricardo)
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