sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Lançamento do livro registro de um jornal na PA 279:

 


O livro de autoria do jornalista Roberto de Freitas, será lançado em Março, em Rondon do Pará, na UNIFESSP, com participação dos alunos do curso de jornalismo.

 

Capa do livro registro de um jornal na PA 279


          A obra apresentada pelo jornalista Roberto de Freitas, registro de um Jornal na PA 279, é a história do primeiro Jornal impresso no Vale do Xingu, território que compreende o alto Xingu. Composto pelos municípios partindo de Xinguara, Água Azul do Norte, Ourilândia do Norte, Tucumã e mais ao extremo São Felix do Xingu. Municípios riquíssimos em bens naturais como minérios, madeiras de lei e animais, porém até então pouco vistos e reconhecidos pelo sistema político e esfera governamental.

Jornalista Roberto de Freitas


            Surgindo daí a ideia dos jovens idealistas Roberto de Freitas e José Ferreira Tigre “Zezé”, que atuavam no ramo de venda de combustível, com o Posto Sombra da Mata, entre Tucumã e Ourilândia do Norte, atualmente Posto Tourão.



            Com lançamento do Jornal A’ Gazeta e sua circulação, estes municípios seriam vistos e ganhariam visibilidade. O impacto da circulação de um Jornal em uma região nova mostrando suas potencialidades e as mazelas de forma imparcial e independente.



            Essa obra apresenta uma síntese das principais matérias e notícias que tiveram repercussão e impacto no meio político e social na época.

            Tenham uma ótima leitura e informações de fatos ocorridos nas regiões sul e sudeste do Pará.

 

Júlia Freitas

Jornalista

 

Emater cadastra assentados em Irituia para comercialização de produtos

 


A emissão de CAFs contemplou de imediato dez famílias, que passam a ter acesso preliminar às políticas públicas de âmbito rural

Uma força-tarefa para emissão de cadastros Nacionais da Agricultura Familiar (CAFs) no assentamento federal Luís Carlos Prestes, situado no KM-19 da Rodovia BR-010 (Belém -Brasília), município de Irituia, foi realizada na quarta-feira (26) pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Irituia, na Região de Integração Rio Capim. A ação teve o suporte do escritório regional de São Miguel do Guamá.

Em parceria com a Associação de Produção e Comercialização do Assentamento Luís Carlos Prestes (Aprocalpes), a ação contemplou dez famílias e registrou a demanda imediata de mais 15. As principais atividades socioeconômicas do assentamento são pecuária de corte e leiteira, plantio e beneficiamento de mandioca, e criação de galinha caipira.

"O CAF é um documento de grande valia, e a Emater é indispensável no processo, de uma ponta à outra. Nossa atuação mobiliza, informa e conscientiza para as políticas públicas, e contribui quanto à garantia de direitos", informou a chefe do escritório local da Emater em Irituia, Wagma Monteiro, pedagoga especialista em Gestão Escolar e Língua Portuguesa e Análise Literária.

Com o CAF, os agricultores passam a ter acesso preliminar imediato às políticas públicas de âmbito rural. Um dos objetivos do atendimento da Emater é apoiar a participação em um futuro edital do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Prefeitura. A previsão para 2025 é que os produtos comprados dos agricultores pelo governo sejam destinados ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e à Pastoral da Criança.

Direitos - De posse do CAF, Lucivaldo Cordeiro, 43 anos, presidente da Aprocalpes, ressaltou a importância da Emater. "Eu, como agricultor, fazia 15 anos que aguardava esta documentação. É um motivo de alegria, uma chegada bastante comemorada. Na prática, a Emater ao nosso lado significa que podemos conseguir tudo a que temos direito. A Emater é uma ponte de oportunidades", assegurou Lucivaldo, diante de 22 associados.

Ele é proprietário do Sítio Leiciane - homenagem à filha mais velha, de 18 anos -, onde a família trabalha com cultivo de açaí (mais de 3 mil pés), caju, hortaliças, laranja, limão, mandioca e pupunha.

Texto: Aline Miranda - Ascom/Emater

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Em encontro com vice-governadora, BID reitera interesse em apoiar governo e setor privado em recuperação florestal no Pará

 

Projeto de concessão para restauração florestal pioneiro no Brasil poderá contar com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento ao governo e ao setor privado

Em encontro com a vice-governadora Hana Ghassan, nesta quarta-feira (26), autoridades do Banco Interamericano de Desenvolvimento reafirmaram o interesse da instituição, inclusive com seu braço de apoio ao setor privado, BID Invest, em apoiar o projeto de concessão da Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX).

Desenvolvido pelo Governo do Pará e pioneiro no Brasil, o projeto prevê a restauração florestal de uma área de mais de 10 mil hectares com um mecanismo pioneiro no país. Por meio de um edital lançado na 29ª Conferência do Clima das Nações Unidas no ano passado, no Azerbaijão, e aberto até março, será selecionada uma empresa para recuperar a área nos próximos 40 anos.

Para a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, o anúncio reforça a credibilidade da gestão no mercado e na área ambiental.

"Recebemos com entusiasmo a manifestação de interesse do BID Invest, pois isso reforça a credibilidade do Pará na agenda ambiental e a nossa capacidade de atrair investimentos para nossos projetos. A recuperação florestal que será feita com a implantação da Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu também é um passo fundamental para a criação de um programa estadual de concessões para restauração, contribuindo para atingirmos os nossos compromissos firmados no Plano Estadual Amazônia Agora", destacou.

"Além disso, que o BID possa nos ajudar a fortalecer a COP 30, que sem dúvida será grande COP, pois esse foi um ato de coragem do nosso presidente com o nosso governador", completou a vice-governadora.

Reflorestamento - "O BID e o BID Invest estão comprometidos com novas abordagens em reflorestamento, e este modelo que o governo estadual vem desenhando, é de grande potencial, inclusive para ser compartilhado com o mundo durante a Conferência do Clima, a COP30, que acontece em novembro de 2025. Vemos aqui maneiras interessantes de atrair capital privado de forma eficiente e sustentável, e a nossa atuação junto ao poder público e às empresas é muito potente para ampliar essa atratividade", disse ao governador a chefe da Representação do BID no Brasil, Annette Killmer.

"O termo sinergia ganha real sentido em projetos como este, em que Estado e setor privado se juntam para gerar impactos positivos à população e ao meio ambiente", completou Killmer.

A ideia é que, do lado público, o BID ofereça garantias ao governo do Estado, aumentando a segurança e a sustentabilidade financeira da concessão. E do lado privado, o BID Invest manifestou interesse em eventualmente oferecer financiamento à empresa vencedora da licitação, uma vez superadas as análises análise, técnica, jurídica, financeira, ambientais e sociais de acordo com elevados padrões internacionais e as políticas da entidade.

Este apoio se soma às contribuições que o BID planeja para a realização da COP30 em Belém.

"Esse possível financiamento internacional pode ser decisivo para garantir que o projeto avance com solidez e transparência. Seguiremos dialogando com o BID Invest e demais parceiros para viabilizar essa iniciativa estratégica para o Pará", destacou o governador no encontro em que participaram também, do lado do BID, o Chefe do Escritório da Presidência, André Soares; o gerente-geral para o Cone Sul, Morgan Doyle; e o assessor especial para a Presidência, Avinash Persaud.

Visita in loco para a garantia pública - Em janeiro deste ano, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protazio Romão, conduziu técnicos do BID a uma visita in loco à Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no município de Altamira. Na ocasião, a equipe coletou dados e reuniu informações para a análise do banco para a estruturação da garantia pública.

Investimento - A empresa vencedora do processo de licitação para a implantação da URTX deverá investir na instalação e na operação da concessão. Mais de 2 mil empregos serão criados. Calcula-se que 3,7 milhões de toneladas de carbono serão sequestradas - o equivalente a 330 mil voltas de avião ao redor do planeta.?

O edital prevê brigada de incêndio no interior da URTX e responsabilidades compartilhadas entre Estado e concessionário em treinamento, conscientização e manejo de fogo no entorno.?

Conforme o Executivo Estadual, a concessão dificulta a grilagem, permite manter a área pública e restringe atividades ilegais. O edital também prevê a contratação e capacitação de mão de obra local, além do apoio às cadeias produtivas da bioeconomia e parcerias comunitárias para fornecimento de insumos agroflorestais.?

Além da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), o projeto envolve o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e a The Nature Conservancy Brasil (TNC). O edital está disponível no site da Semas.

Também participaram da reunião o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Raul Protazio Romão; a Diretora de Projetos Corporativos da Semas, Brenda Hachem; a assessora do Núcleo COP 30, Brenda Maradei; além do Chefe do Escritório da Presidência do BID, André Soares; o gerente-geral para o Cone Sul, Morgan Doyle; o assessor especial para a Presidência, Avinash Persaud; e a chefe da Representação do BID no Brasil, Annette Killmer.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Governo do Pará entrega Usina da Paz em Marabá a marca de 11 complexos entregues

 


Governador Helder Barbalho comemora a abertura de mais um equipamento para melhorar a vida dos moradores

A Usina da Paz de Marabá foi oficialmente entregue, neste sábado (22), marcando a chegada da décima unidade do maior projeto social da América Latina. O governador Helder Barbalho, que destacou a importância da iniciativa para a população local. A nova usina oferece até 70 tipos de serviços, abrangendo diversas áreas como saúde, educação e cultura.

"Quando o governo está presente em uma comunidade, ele abre janelas de oportunidades para as famílias", afirmou Barbalho. Ele ainda ressaltou que a usina é um espaço abrangente, com serviços destinados a todas as faixas etárias, desde crianças até idosos, promovendo uma verdadeira imersão em cidadania.

Elieth Braga, secretária de Estado de Articulação da Cidadania, destacou que o projeto tem como objetivo aproximar a população dos serviços oferecidos pelo governo, oferecendo mais de 70 serviços em áreas diversas. "É uma forma de transformar a vida das pessoas e dar acesso a cursos profissionalizantes e atividades de lazer", destacou.

Os moradores do bairro Liberdade mostraram-se entusiasmados com a nova estrutura. Avaliações positivas foram compartilhadas por Carmelita Alves de Oliveira, vice-diretora da usina, que comentou sobre a falta de opções na área. "Aqui não tinha nada. Esse projeto é grandioso e atende a todos - da juventude aos idosos", declarou.

A expectativa é alta entre os moradores, que veem na Usina da Paz uma oportunidade de qualificação e desenvolvimento. Muitos locais já demonstraram interesse em participar das atividades, com destaque para cursos de natação e robótica, que atraem especialmente os jovens da região.

Paulo Alencar, professor de natação, expressou a esperança de que a prática esportiva contribua para a permanência dos alunos na escola. "Com espaços assim, a evasão escolar poderá ser diminuída, além de motivar os jovens a se envolverem mais com a educação", afirmou.

O governador Helder Barbalho garantiu que a usina estará plenamente funcional a partir da próxima semana. "Esperamos atender cerca de mil pessoas por dia, oferecendo serviços de qualidade e promovendo a transformação necessária para melhorar a qualidade de vida das famílias de Marabá", disse.

A entrega da Usina da Paz vem em um momento crucial para o município. A instalação do equipamento é uma estratégia do governo para impactar diretamente a vida da população e reduzir os índices de criminalidade na região.

A UsiPaz de Marabá possui uma área construída de mais de 10 mil metros quadrados. O novo complexo, referência para os mais de 266 mil moradores do município, vai dispor também de uma estrutura moderna e funcional, com mais de 70 serviços gratuitos oferecidos à população, nas áreas da saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e lazer.

Atualmente, já estão em funcionamento dez Usinas, sendo 8 na Região Metropolitana de Belém (Cabanagem, Bengui, Guamá, Terra Firme e Jurunas/Condor, na capital, Icuí-Guajará, em Ananindeua, Nova União, em Marituba, e Elizeu Franco, em Castanhal) e duas na região sudeste do Estado (Parauapebas e Canaã dos Carajás).

Outras 27 Usinas da Paz estão sendo construídas no Pará, nos municípios de Abaetetuba, Altamira, Marabá, Bragança, Cametá, Paragominas, Tucuruí, Santa Izabel do Pará, Capanema, Redenção, Itaituba, Santarém, Viseu, Igarapé-Miri, Barcarena, Breves, Dom Eliseu, São Miguel do Guamá, Portel, Moju, Parauapebas, Óbidos, Salinópolis, Benevides, Tomé-Açu, São Félix do Xingu e Belém, no distrito de Icoaraci.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

MPF pede suspensão de licenciamento de obras de porto em Santarém (PA) após descumprimento de acordo judicial

 

Violação ao direito de comunidade pesqueira à consulta prévia também deve ser punida com multa de R$ 350 milhões, pede MPF

Inclua a descrição de acessibilidade: foto de várias embarcações pequenas navegando em um corpo d'água. Algumas pessoas estão usando coletes salva-vidas laranja. O céu está nublado e a água tem uma aparência calma.

Foto: protocolo CPLI

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal que determine a suspensão imediata do licenciamento das obras de ampliação de um porto em Santarém (PA), na praia do bairro Maracanã, no Rio Tapajós. Também foi pedida a aplicação de multa no valor de R$ 350 milhões às empresas solicitantes do licenciamento e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

O motivo dos pedidos é que, segundo o MPF, as empresas e a Semas descumpriram um acordo aprovado pela Justiça. Além da suspensão do licenciamento e da aplicação de multa, o procurador da República Vítor Vieira Alves pediu à Justiça Federal que ordene o desfazimento da obra e a remoção do maquinário eventualmente utilizado.

Detalhes da violação – Assinado em abril de 2024, o acordo judicial com o MPF estabelecia que as empresas não poderiam solicitar a retomada do licenciamento sem que antes houvesse Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI) à comunidade pesqueira artesanal do município. 

A CPLI é prevista na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tem força de lei no Brasil. A comunidade elaborou um protocolo em que estabelece como deve ser consultada.

Apesar de ter recebido informações das próprias empresas que indicavam que o prosseguimento do licenciamento sem a realização da CPLI violava um acordo judicial, em agosto do ano passado a Semas reativou a licença de instalação das obras.

Processo 1001978-21.2024.4.01.3902l

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Projeto 'Novo Carajás' é anunciado no Pará com investimento de R$ 70 bilhões da Vale

 

Governador Helder Barbalho defendeu a expansão da mineração de ferro e cobre aliada ao desenvolvimento econômico do Estado

O Pará terá um investimento de R$ 70 bilhões para a expansão da mineração de ferro e cobre em Carajás, localizada em Parauapebas. O anúncio foi feito pela Vale na tarde desta sexta-feira (14), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de autoridades locais. O projeto, denominado 'Novo Carajás', está programado para ser implementado entre 2025 e 2030.

Durante o evento, o governador do Pará, Helder Barbalho, destacou a importância do novo projeto. "São mais de 70 bilhões de investimentos que a Companhia Vale está anunciando para o Estado do Pará. Isso significa mais uma oportunidade de emprego, de renda e desenvolvimento econômico", afirmou. Para Barbalho, a expansão deve ser acompanhada por um compromisso com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente.

O governador ressaltou a necessidade de uma infraestrutura adequada para potencializar os investimentos. "Vamos cobrar o compromisso da Companhia Vale para integrar Barcarena, o Porto e Vila do Conde com Açailândia, através da Ferrovia Norte-Sul. Essa integração aumentou a competitividade logística do nosso estado", explicou. Ele acredita que esse avanço será essencial para atrair novas empresas, setores e oportunidades econômicas.

O evento também contou com a presença dos ministros Rui Costa e Alexandre Silveira. O ministro de Minas e Energia, Silveira, comentou sobre a importância da mineração na vida cotidiana. "Ela está nos fertilizantes, no cobre que conduz a eletricidade e no cimento da construção civil. Sem a mineração, o mundo como convém não existiria", disse ele. O ministro enfatizou que o governo federal busca garantir que o setor funcione com segurança e sustentabilidade.

Luiz Inácio Lula da Silva destacou que a Vale é uma empresa estratégica para o Brasil. "Conheci a Vale em suas várias fases e sei da importância dela para o crescimento do país e do estado", afirmou. Lula tem a necessidade de uma relação harmoniosa entre a empresa e o governo, reunindo interesses comuns que beneficiam a sociedade.

O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, fez questão de ressaltar a relevância histórica do dia. "Estamos aqui na maior mina de mineração a céu aberto do mundo, operando há 40 anos. Há um potencial imenso nesta região", ressaltou Pimenta. Para ele, a expansão da mineração pode trazer transformações significativas não apenas para o Pará, mas para toda a mineração brasileira.

Na apresentação do projeto "Novo Carajás", foi destacado que as mudanças climáticas representam tanto um desafio quanto uma oportunidade. "Temos certeza de que, com o apoio do governador, a COP 30 será um enorme sucesso", disse Pimenta. Essa conferência é vista como um marco para discutir ações em prol da sustentabilidade.
A expectativa é que os investimentos promovam não apenas o desenvolvimento econômico, mas também uma melhoria na qualidade de vida das comunidades locais. Helder Barbalho garantiu que o governo está comprometido em fiscalizar e garantir que os benefícios se estendam à população. "Vamos continuar trabalhando para que juntos possamos construir um estado cada vez mais forte", finalizou.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Governador reafirma importância da conciliação entre produção sustentável e conservação ambiental em evento da Fundo Bezos

 

Chefe do Executivo Estadual destacou a conciliação entre conservação ambiental e produção em evento organizado pelo Bezos Earth Fund, entidade filantrópica dedicada ao clima

O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou a importância da conciliação entre práticas de produção sustentável e a conservação ambiental, nesta quarta-feira, 12, em Belém, durante a Oficina de Beneficiários do Bezos Earth Fund, entidade filantrópica dedicada ao clima criada por Jeff Bezos, fundador da multinacional de tecnologia Amazon.

O evento contou com a participação de Andy Jarvis, diretor do Futuro da Alimentação do Fundo Bezos, e de representantes de instituições que atuam em parceria com o governo estadual, como The Nature Conservancy (TNC), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), entre outras.

Nos últimos dois anos, o Bezos Earth Fund concedeu uma série de subsídios para apoiar soluções para a natureza e o clima na Amazônia brasileira e, conforme a organização, a oficina é uma oportunidade para reunir os beneficiários para revisar o progresso, fortalecer sinergias e planejar atividades futuras para a partir de 2025.

"A oportunidade com o estado e cidade sede da COP faz com que o mundo volte os olhos para nós e nos oportuniza apresentar aquilo que nós estamos realizando e particularmente convocar vocês a estarem conosco e com a adesão, escalar com a dimensão que devemos buscar para que, efetivamente, estas políticas públicas e essas iniciativas possam gerar impacto diante das urgências climáticas, das ambições", enfatizou o chefe do executivo paraense ao fazer uma referência aos parceiros que colaboram com o governo estadual desde 2019, na construção das bases para o Plano Estadual Amazônia Agora, que tem como meta a restauração de 5,65 milhões de hectares até 2030.

Na ocasião, Helder Barbalho apresentou, entre as principais estratégias do governo paraense, o Programa Pecuária Sustentável, lançado pelo Estado, que prevê a identificação individual e a rastreabilidade do gado paraense e se propõe a concluir essas etapas de implantação até dezembro de 2026.

"Fizemos um chamamento aos produtores de proteína animal para que pudessem ter integridade da sua atividade produtiva, para que pudessem compreender uma mudança no uso do solo, inclusive uma mudança comportamental da atividade no mundo da pecuária, saindo da agenda da pecuária extensiva para a pecuária intensiva, mostrando que é possível, sem derrubar uma árvore, produzir ainda mais. Quando olhamos hoje e comparamos ao passado recente nós verificamos que o Pará reduz o desmatamento e aumenta a sua produção de proteína animal, portanto os resultados estão aí com números", informou o governador.

"Além disso, destaco o apoio decisivo do Fundo Bezos. A lógica é a valorização das boas práticas da proteína animal, a integridade da cadeia produtiva para transmitir a mensagem à indústria da carne de que a produção do nosso estado é sustentável, é íntegra e segue regras de compliance que podem apontar, para quem consome e para toda a cadeia produtiva, o processo sustentável com práticas legais e a rastreabilidade. Foi o que encontramos como fórmula para esse processo", complementou Helder Barbalho.

Visão de futuro

"Hoje estamos em processo de amadurecimento e consolidação, para podermos chegar no próximo ano em 100% das 26 milhões de cabeças de gado com rastreabilidade individual, de todo o rebanho, seja em pastagem, nas propriedades rurais, seja em trânsito para a indústria da carne, o que permite a transparência e a segurança. Isto coloca o Pará em uma posição de vanguarda", disse o governador.

Helder Barbalho frisou ainda que, com o programa Pecuária Sustentável, o Pará se antecipou à demanda de mercado por carne comprovadamente livre de desmatamento, afastando dos produtores do estado riscos de mercado.

"Nós enxergamos isso no ano passado quando a França aponta para os seus principais apoiadores de comercialização de atacado e de varejo que não mais fizesse a aquisição de animais oriundos do Brasil ou oriundos de qualquer ato de desmatamento, portanto indo além do que diz a legislação brasileira e do código florestal, portanto o Pará se antecipa para apresentar aos mercados que nós aqui adotamos práticas de transparência, com os procedimentos, e acima de tudo, integridade da cadeia produtiva para que isso nos deixe ativos e não corra qualquer risco de embargos ou restrições mercadológicas", explicou Barbalho.

Clima e meio ambiente

O governador do Estado aproveitou o momento para dar destaque ao lançamento da primeira concessão pública de restauração florestal do Brasil, na APA Triunfo do Xingu, a estratégia de Pagamento por Serviços Ambientais, o Plano de Bioeconomia e o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, além do Sistema Jurisdicional de REDD+, para a comercialização de créditos de carbono no mercado voluntário.

"Este é o modelo que o Pará está adotando. Avançamos, sem dúvida, e hoje estamos preparados com diversas estratégias sólidas. Não estamos aqui a falar de algo embrionário, de ideias, mas estamos aqui a convocá-los, para que juntos, possamos dar escala àquilo que está planejado pelo estado do Pará. Só com escala nós seremos capazes de mudar efetivamente o rumo das emissões no Brasil, particularmente na Amazônia, e ao mudar essa realidade no Pará certamente nós estaremos cumprindo boa parte da jornada de cooperação e colaboração do nosso país. Olhem o Pará como estado seguro para a parceria, com previsibilidade, estabilidade institucional e jurídica, e acima de tudo com decisão política de que este estado pode e deve e haverá de construir a liderança das transformações para um mundo sustentável, cuidando das pessoas", concluiu o governador.

Cristian Samper, Diretor Executivo de Soluções para a Natureza do Fundo Bezos, destacou a relevância de metas e objetivos concretos do governo do Pará e que o objetivo da organização é colaborar para alcançá-los.

"O Estado do Pará é o laboratório. Realmente é muito interessante ver todas essas oportunidades e metas concretas. Restaurar 5 milhões de hectares é algo muito importante para o Pará, para o Brasil e para o mundo. Para nós, do Fundo Bezos, é muito satisfatório apoiar projetos de todas as entidades que estão reunidas e que são entidades comprometidas com essa ambição. Podemos reforçar essa parceria que nos permita trabalhar juntos para impulsionar essa ambição, porque agora temos aqui passar dessa ambição para a implementação concreta. No último ano, investimos na Amazônia brasileira mais de US$ 100 milhões e a maioria para os nossos parceiros que estão trabalhando no estado do Pará. Eu acredito que o mundo inteiro terá seus olhos voltados para Belém do Pará para a COP 30 e quero reiterar o nosso compromisso com o Estado do Pará", disse Samper.

Elas fazem ciência:




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 No dia 11 de fevereiro, celebra-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, uma data definida pela Assembleia Geral das Nações Unidas com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância da igualdade de gênero no campo científico. Ciente da importância deste assunto, a Unesco vê a igualdade de gênero como uma prioridade mundial. Apoiar meninas com educação e desenvolvimento de habilidades garante que suas vozes sejam ouvidas, impulsionando o avanço e a paz.

No Brasil, os dados do relatório Elsevier-Bori de 2024 mostram que 49% da produção científica nacional tem pelo menos uma mulher entre os autores, um avanço de 29% nas últimas duas décadas. No entanto, a presença feminina ainda enfrenta desafios, especialmente conforme a carreira avança. Esse fenômeno, conhecido como "efeito tesoura", ocorre devido a fatores como a sobrecarga feminina, estereótipos de gênero e culturas masculinas excludentes.

Na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), mulheres têm liderado pesquisas importantes, contribuindo para o desenvolvimento da ciência, da região e do país. Apesar dos avanços, a equidade ainda não foi alcançada. Segundo os dados mais recentes, a maioria dos projetos de pesquisa ativos na instituição é liderada por homens e eles também são maioria no quadro de docentes atuantes em programas de pós-graduação.

Avanços e desafios na Unifesspa

Contudo, para Lygia Policarpio, diretora de Pesquisa e Inovação Tecnológica da Unifesspa, os números recentes também indicam progressos significativos. Das 720 pessoas diplomadas na pós-graduação, 384 são mulheres, representando mais da metade dos concluintes. Na pesquisa, os dados também são animadores: dos 212 bolsistas ativos, 140 são mulheres.

"Isso mostra que nós, mulheres, estamos conquistando espaços e protagonizando cada vez mais a produção científica da instituição", afirma Lygia. No entanto, ela destaca que há muito a ser feito e que a Unifesspa, por meio da Propit, tem avaliado a criação de programas de incentivo às mulheres na ciência, como bolsas específicas e projetos que promovam o empoderamento feminino na pesquisa. "Precisamos continuar incentivando essas mulheres para que avancem em suas carreiras acadêmicas e conquistem espaços de liderança na ciência".


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Mulheres na ciência: os exemplos que motivam e fazem a diferença

A realidade dos desafios enfrentados por mulheres na ciência é vivenciada por estudantes como Victoria Maria Damaceno, aluna de Engenharia Florestal na Unifesspa. "Sempre tive uma conexão forte com a natureza e acredito no poder transformador da ciência. No entanto, sendo mulher, muitas vezes precisamos provar nossa capacidade o tempo todo", relata.

Victoria conta que escolheu a Engenharia Florestal para entender melhor os ecossistemas da Amazônia e ajudar a preservar a biodiversidade, beneficiando as comunidades que dependem da floresta. Sobre os desafios enfrentados por ser mulher na ciência, ela avalia que a presença feminina na Engenharia Florestal ainda é menor do que deveria, mas enxerga mudanças acontecendo. “Às vezes, sentimos que nossa presença é subestimada, mas esses desafios me tornaram ainda mais determinada a conquistar meu espaço", diz.

A acadêmica também comenta sobre a pressão extra que muitas mulheres enfrentam para provar suas competências. "Muitas vezes, o esforço precisa ser dobrado para demonstrar capacidade, mas isso também fortalece minha confiança e resiliência." Ela ressalta, ainda, a importância de referências femininas na construção de novos talentos e destaca a inspiração que recebeu das professoras Edna Souza e Gabriela Paranhos, docentes do curso de Engenharia Florestal da Unifesspa, a quem considera exemplos de força e dedicação.

"Divas Digitais": despertando o interesse de mulheres pela Computação

A participação das mulheres na Ciência, especialmente em Tecnologia da Informação, ainda é marcada por desafios, como a baixa representatividade e a falta de modelos femininos na área. Apesar dos avanços, elas continuam sendo minoria nos cursos e no mercado de TI. No entanto, algumas iniciativas têm ajudado a mudar esse cenário, incentivando mais meninas a ingressarem e permanecerem nesse campo.

Um exemplo é o projeto de extensão "<div>as digitais", coordenado pela professora Marcela Alves, da Faculdade de Engenharia da Computação (FEC) da Unifesspa. O projeto capacita meninas do ensino médio em Marabá, promovendo a equidade de gênero na Tecnologia da Informação (TI) e integra a rede de parceiros de outro grande projeto, o “Meninas Digitais”, da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). 

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O “<div>as digitais” oferece cursos, palestras e uma comunidade virtual para apoio e troca de experiências, combatendo estereótipos de gênero e promovendo a inclusão digital. " O projeto busca criar um ambiente de acolhimento e incentivo, além de apresentar modelos femininos de sucesso na área. Com isso, reduzimos barreiras culturais e sociais que afastam as mulheres da tecnologia, mostrando que esse também é um espaço para elas", afirma Marcela.

A ciência como espaço de realização

Lygia Policarpo acredita que a presença feminina na pesquisa está se tornando cada vez mais naturalizada e reconhecida. "A pesquisa é um dos poucos ambientes profissionais em que não sinto discriminação por ser mulher. A relevância do trabalho se sobrepõe a questões de gênero", afirma. Ela destaca que as publicações e citações científicas consideram apenas o sobrenome, tornando o reconhecimento independente do gênero. 

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ascom@unifesspa.