sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Listas de aprovados nos Processos Seletivos 2025 são divulgadas em ambiente repleto de emoções

 

Mais de 48 mil candidatos concorreram às 3.708 vagas ofertadas pela única universidade estadual do Pará

Na manhã desta sexta-feira, em entrevista coletiva na reitoria da Universidade do Estado do Pará (Uepa), o reitor Clay Anderson Nunes Chagas anunciou os nomes dos três primeiros colocados no Processo Seletivo 2025 da instituição: Gabriel Alencar Ecker, Filipe Azevêdo Rabelo, Tiago Santos dos Santos, aprovados no curso de medicina, sendo o segundo colocado, Filipe Rabelo, calouro do campus da Uepa em Marabá.

O reitor Clay Chagas enfatizou que "a Uepa é uma universidade que luta muito pela inclusão" e, em sintonia com esse movimento, este ano a universidade realizou um Processo Seletivo Específico exclusivo para indígenas e quilombolas, cujos três primeiros colocados também são do curso de medicina ofertado pela Uepa em Belém, Santarém e Marabá respectivamente: Fernanda Menezes Correa, Agatha Yame Dolzanes de Sousa e Camile da Costa de Melo.

Outra informação destacada pelo reitor da Uepa é o fato de quase 75% dos aprovados serem oriundos de escola pública

Uma universidade inclusiva - Além de ofertar 202 vagas em um Prosel Específico para quilombolas e indígenas, que também podiam concorrer na reserva de vagas de cotas do Prosel geral, a Uepa também ofertou 88 vagas no Prosel Letras Libras. Uma das novas estudantes do curso, Carla Adriane Macedo de Melo, fez questão de comemorar a aprovação na festa realizada em frente à reitoria, com direito a banho de cheiro e banda Búfalos da Medicina, da Atlética do curso de medicina.

Sobre a valorização de uma cultura de inclusão, a professora Scheilla Abud, titular da Diretoria de Inclusão e Permanência Estudantil, ressaltou a importância dos 284 calouros identificados como Pessoas com Deficiência (PcD) integrarem a comunidade acadêmica da Uepa.

Vontade de ser Uepa - A caloura Mariana Chaves Simonetti reuniu toda a família, confiante à espera de ouvir o nome dela sendo lido ao vivo pelos locutores da rádio na reitoria da universidade. Pai, mãe, irmã e a avó de coração, que ajudou a criá-la, faziam parte do time uniformizado que participou da comemoração até o fim da festa na universidade. "Estudar na Uepa era um sonho. Mesmo tendo sido aprovada em outras universidades, é na Uepa que eu quero estudar", afirma a estudante que deseja se tornar médica pediatra.

Dados do Prosel Uepa - Para o Prosel 2025, a Uepa oferta 3.708 vagas, mais 94 vagas adicionais reservadas para Pessoas com Deficiência (PcD), distribuídas em 94 cursos que são ofertados em Belém e mais 22 municípios de 11 das 12 regiões de integração do Pará. Este ano, 48.969 candidatos disputaram as vagas ofertadas pela instituição, por meio do processo seletivo que adota a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Os cursos mais concorridos, na ampla concorrência, são: Fisioterapia (Belém), com 137,65 candidatos por vagas; Medicina (Belém), com 121,18 candidatos por vagas; Educação Física - Bacharelado (Belém), 107,91 candidatos por vaga; Biomedicina ( Belém), com 105,67 candidatos por vagas; Medicina (Marabá), com 95,55 candidatos por vagas; Medicina (Santarém), com 92,90 candidatos por vagas; Engenharia Ambiental e Sanitária (Paragominas), com 92 candidatos por vaga.

Entre as cotas, de maneira geral, os cursos mais concorrido são Biomedicina (Belém), com 1.129 candidatos por vaga; Fisioterapia (Belém), com 1.014 candidatos por vaga; Educação Física (Bacharelado - Belém), com 942 candidatos por vagas; Engenharia de Software (Ananindeua), com 609 candidatos por vagas; Medicina (Marabá), com 521 candidatos por vaga e Medicina (Santarém), com 499 candidatos por vaga. Os Processos Seletivos Específicos de Música e Letras-Libras e Quilombolas e Indígenas somaram 1.180 inscritos.

A Uepa possui campi em Belém, Paragominas, Conceição do Araguaia, Marabá, Altamira, Igarapé-Açú, São Miguel do Guamá, Santarém, Tucuruí, Moju, Redenção, Vigia, Barcarena, Cametá, Salvaterra, Castanhal, Bragança, Ananindeua e Parauapebas.

O Prosel é executado pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), por meio da Diretoria de Acesso e Avaliação (DAA). As vagas ofertadas pelo Processo Seletivo foram destinadas aos candidatos que concluíram o Ensino Médio ou que estavam concluindo a última série do Ensino Médio ou equivalente - referente ao período letivo de 2024- e que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024.

Do total de vagas ofertadas em cada curso/município, 50% são destinadas para as Cotas Socioeconômicas (Cota Escola Pública e Cota Renda), Cota Étnico-Racial-Quilombola, Cota para Pessoas com Deficiência (PcD) e Reserva de Vagas Adicionais para Pessoas com Deficiência (PcD) para o ingresso nos cursos de graduação da Uepa e 50% àqueles que optaram por não concorrer às cotas (Ampla Concorrência).

Matrícula - O edital de matrícula já está disponível aqui. A pré-matrícula, realizada de forma online, será realizada de 1 a 3 de fevereiro. De 4 a 5 de fevereiro será a apresentação dos classificados para as comissões de avaliações, conforme a cota escolhida pelo calouro no momento da inscrição. De 4 a 7 de fevereiro será o período para confirmação de matrícula dos candidatos nos Centros de Registro e Controle Acadêmico do campus onde o aluno foi aprovado.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Produtores rurais do Marajó tem até o dia 30 para atualizarem seu cadastro

 

A campanha cadastral faz parte das ações de defesa agropecuária para manter o status livre de febre aftosa sem vacinação do rebanho

Produtores rurais, agricultores, pecuaristas do Marajó têm até o dia 30 de janeiro, para realizarem a atualização cadastral e saldos de animais presentes nas suas propriedades, junto à Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), mais próxima do seu município.

Devem ser declaradas as seguintes espécies: bovina, bubalina, suína, ovina, caprina, equina, asinina, muar, aves, animais aquáticos e abelhas. Por idade do animal, macho ou fêmea conforme estabelecido pelas normas sanitárias. Após o término do prazo da campanha, as propriedades que não realizaram a atualização cadastral terão o cadastro bloqueado para emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), além da aplicação de sanções legais.

"Todo produtor que tem animais na sua propriedade no estado, tem obrigação de declarar o quantitativo além de fazer a sua atualização cadastral. Ela é de suma importância para manter o status de livre de febre aftosa sem vacinação, além de auxiliar na proteção do rebanho pois impede a introdução e a disseminação de doenças, uma forma de proteger a produção agropecuária em nosso estado" comenta a gerente Rastreabilidade e Cadastro Agropecuário da Adepará, Barbra Lopes.

Conforme a lei estadual nº 6.712 de 2025 é obrigatório atualizar o cadastro de todas as espécies. "Por ser uma obrigação prevista em lei, o produtor que não realizar a declaração terá sua exploração bloqueada, ficando impedido de movimentar os seus animais e emitir a guia de trânsito animal, GTA" , afirma a gerente da Agência de Defesa, Barbra Lopes.

A atualização de cadastro de animais iniciou pelo Marajó que possui o maior rebanho bubalino do Brasil. A partir de maio e novembro a campanha acontecerá em outras regiões do estado.

Serviço: A Campanha de Atualização Cadastral e Saldo de Animais no Marajó encerra dia 30 de janeiro.

Documentos necessários para atualização cadastral
? Documento de Identidade
? CPF - Pessoa Física
? CNPJ - Pessoa Jurídica
? Comprovante de residência
? Qualquer documento que comprove posse ou uso legal da propriedade
? Cadastro Ambiental Rural - CAR (se houver)

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Morre Gildeu Miranda primeiro prefeito de Rondon do Pará

Gildeu Miranda, foi vereador de Rondon do Pará, por São Domingo do Capim, e o primeiro Prefeito do recém criado município, criando estrutura ainda hoje existente.

Gildeu Miranda, o histórico primeiro prefeito de Rondon do Pará

 Morreu nesta terça-feira (28) Gildeu Miranda, pioneiro e primeiro prefeito de Rondon do Pará. Gildeu tinha 84 anos de idade e estava afastado da vida pública há alguns anos.

Gildeu foi prefeito de Rondon entre os anos de 1983 e 1988, no fim da ditadura militar e início da redemocratização brasileira.
"Seu legado como um exemplo de dedicação e liderança, sendo uma figura central na construção da história e do desenvolvimento de nosso município. A sua trajetória como gestor público marcou o início de uma era de desenvolvimento para a cidade, deixando um legado de muito trabalho e dedicação por Rondon do Pará, cidade que escolheu para viver e criar sua família.
Seu Gil como eu o chamava carinhosamente era figura presente em minha casa e durante minha infância e adolescência.
Amigo particular de meu saudoso pai João Freitas em memória. Tinham um trato o que partisse primeiro, seguraria a alça do caixão do outro. E assim foi feito, ele estava lá cumprindo a promessa e segurando há alça do caixãoe meu pai.
Recebo com tristeza a notícia de sua partida, deixo meu abraço afetuoso á Vasnir, Wagner, Gilmara, Raquel, e a sua viúva querida Marilene. Deus conforte o coração de vocês.
Como um bom ouvinte de Nelson Gonçalves deixo em sua homenagem uma canção dele. "Boemia"
Deus lhe receba de braços aberto seu Gil.

Por: Julia Freitas.

'Não vamos acabar com a educação presencial indígena', reafirma governador do Pará

 

Helder Barbalho destaca a importância do diálogo sobre a inédita lei estadual de educação indígena em todas as etno-regiões indígenas do Pará

"É muito importante que nós possamos esclarecer que: em momento algum se discutiu ou se pensou na possibilidade de acabar com o ensino presencial. Pelo contrário! A nossa estratégia é manter a educação presencial e garantir todas as conquistas para que o Estado do Pará, com a lei estadual, possa avançar na qualidade e nos direitos dos povos indígenas do Pará", reiterou o governador do Pará, Helder Barbalho, em entrevista ao vivo para uma emissora de televisão, nesta segunda-feira (27). Ele também reforçou o empenho do governo estadual para consolidar o diálogo com as lideranças e uma legislação histórica na educação pública dos povos originários.

A criação de uma legislação que assegura, de forma inequívoca, o direito à educação indígena no Pará, é o resultado mais recente do Grupo de Trabalho criado há duas semanas pelo Estado, reunindo representantes de órgãos públicos e de entidades representativas dos povos indígenas para garantir uma nova política educacional construída coletivamente.

A lei prevê a garantia do ensino bilíngue nas escolas indígenas; gratificação de nível superior de 80% para professores indígenas; realização de um concurso público específico para docentes indígenas; criação do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena; Sistema Modular de Ensino Indígena (Somei) de forma presencial e em seu nível mais alto; consulta prévia e ampla sobre as modalidades de ensino oferecidas, e a promoção da Conferência de Educação Escolar Indígena.

O objetivo é debater a proposta em todas as etno-regiões do Pará, para que cada comunidade possa opinar, legitimando o debate e construindo um pacto entre Estado e povos indígenas.

Reivindicações dos indígenas atendidas pelo Governo do Pará

"O Governo teve a humildade de escutar e dizer: 'Digam o que vocês desejam'. E todas as justas reivindicações nós atendemos em 100%. Na reunião da última sexta-feira (24), em que estiveram presentes sete das das oito etno-regiões. A oitava, infelizmente, se negou a estar presente. Eu mesmo pedi que pudessem vir, para que nós possamos ouvir. A manifestação é justa. Nós vivemos em um país democrático. Agora, se você manifesta, você tem que estar aberto ao diálogo", ressaltou o governador Helder Barbalho.

"Nós estamos absolutamente convictos que, através do diálogo construtivo, nós podemos sair deste processo muito maiores, com a humildade de compreender a escuta, da construção de um pacto, e que nós possamos avançar para que o Pará inaugure, pela primeira vez, a criação de uma lei estadual, sobre os direitos da educação indígena no nosso Estado", completou o governador.

Diálogo - Helder Barbalho destacou ainda a continuidade das negociações que beneficiam os povos indígenas. "Peço que nós possamos, neste momento, com o diálogo, evitar, por exemplo, a invasão do prédio da Seduc. Não se faz educação invadindo um prédio; não se faz educação com intransigência; não se faz educação depredando prédio público. Isto não é aquilo que a população quer. A população quer diálogo. E nós queremos, portanto, dialogar, para cada vez mais para o Pará viver este bom momento, de ser um exemplo para a Amazônia, um exemplo para o Brasil, um exemplo para o mundo. E isto se constrói com diálogo e um pacto entre todos nós", reafirmou o governador.

Volta às aulas - No início do calendário letivo de 2025 nesta segunda-feira (27), marcando o retorno às aulas na rede pública estadual para cerca de 500 mil estudantes nos 144 municípios, Helder Barbalho lembrou investimentos e conquistas da educação no Pará.

"Nós, que lá em 2019 não pagávamos o piso do magistério, hoje pagamos 250% acima do piso. Hoje, o Pará paga o maior salário médio do Brasil. Nós pagamos, em média, R$ 11.500 para cada professor. Além do salário, nós criamos um processo de bonificação de mais 3,5 salários e criamos o Programa Bora Estudar, em que 19 mil alunos, os melhores de cada sala de aula, recebem R$ 10 mil de material de construção para estimular o aluno neste processo pedagógico. São mais de 150 escolas reconstruídas ou escolas novas. Que este momento de retomada das aulas possa acontecer com normalidade", disse o governador.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Usuários do CIIR com autismo celebram a aprovação no vestibular da UFPA

 

Famílias ressaltam a importância do suporte profissional oferecido aos novos calouros na trajetória de inclusão e superação

Aprovada, Brenda Fernanda comemorou a conquista aos 17 anos com os familiares no bairro da Maracangalha, em Belém

Três jovens autistas, assistidos pelo Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, tiveram suas vidas transformadas ao serem aprovados no vestibular da Universidade Federal do Pará (UFPA, cujo resultado foi divulgado no dia 24 de janeiro. A vitória foi compartilhada com equipe multiprofissional da instituição no atendimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA), onde tiveram suporte oferecido pelo atendimento especializado que impacta positivamente no desenvolvimento pessoal e acadêmico.

Os jovens recebem assistência de média e alta complexidade no CIIR e no Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), administrado pelo Centro de Reabilitação, que oferecem psicoterapia, neurologista, psiquiatra e outras terapias - como Treino de Habilidades Sociais, mecanoterapia, esportes adaptados, além das oficinas de Arte e Cultura.

São três histórias diferentes, mas com algo em comum: a superação de barreiras. Rafael Antoni Negrão de Almeida, 18 anos, é assistido pelo CIIR desde os 13 anos. Ele foi aprovado para a única vaga ofertada para Pessoas com Deficiência (PcD) no curso de Artes Visuais e mora no bairro do Coqueiro, em Ananindeua. Segundo a mãe, Vânia Negrão de Almeida, 47 anos, o calouro da UFPA é atendido pelo CIIR desde 2019, participando de várias atividades como psicologia, mecanoterapia, esporte adaptado, além das oficinas de Arte e Cultura.

Gratidão - "A psicologia e o setor de Arte e Cultura desempenharam um papel fundamental em sua aprovação. O CIIR foi uma ferramenta crucial nesse processo, com as oficinas de Arte e Cultura, especialmente as aulas de música com o professor André, e de Artes Visuais com o professor Eduardo, que despertaram seu interesse pela licenciatura e foram um grande incentivo para ele. Só gratidão!"

Rafael Antoni foi aprovado em artes visuais na UFPA e fez questão de agradecer professores de artes visuais e música do Cetea

Sem esconder o orgulho pela vitória de Rafael, o professor de Artes Visuais do CIIR, Eduardo Oliveira, relembra que ele começou nas atividades de Arte e Cultura em 2019 e permaneceu até 2022. "A sensação que tenho é de dever cumprido, de muita felicidade. "Me sinto verdadeiramente honrado por ser uma referência para ele. E, claro, nada disso seria possível sem o apoio fundamental da equipe do CIIR, especialmente dos pais, que sempre o incentivaram ao longo dessa jornada. Estou extremamente feliz".

Brenda - Aos 17 anos, Brenda Fernanda recebe atendimento no Cetea há quase um ano, foi aprovada no curso de Direito já na primeira vez que prestou vestibular. Segundo a mãe da caloura, Elaine Valente, 38 anos, no Cetea ela é assistida, semanalmente, pelo Treino de Habilidades Sociais e Psicoterapia, por meio de uma equipe multiprofissional, entre eles a psicóloga Raissa Campos.

"Aqui no Cetea, a Brenda recebeu muito apoio de todos os profissionais, especialmente na Psicoterapia, onde, além das terapias, ela também passa por consultas com o neurologista e o psiquiatra. Nesse contexto, o CIIR teve um papel fundamental, pois contribuiu para que minha filha tivesse acesso às terapias oferecidas pelo Cetea, por meio de encaminhamento", destacou a dona de casa.

Ela complementa que o apoio de toda a equipe do Cetea foi essencial, tendo em vista que os profissionais fortaleceram a confiança de sua filha para não desistir e a incentivaram a ser persistente. "Isso fez com que ela passasse a acreditar em seu potencial. Por isso, recebemos todo o suporte do Cetea. Só tenho a agradecer: primeiramente a Deus, à minha família e aos amigos, que sempre a incentivaram e apoiaram; em segundo lugar, à escola Dom Pedro I e aos profissionais de apoio da escola. Por fim, agradeço à equipe do Cetea por todo o cuidado, suporte e incentivo, que foram essenciais para essa grande conquista", concluiu a mãe de Brenda.

Ana China comemora a aprovação do filho, Pedro, uma conquista do esforço e do apoio mútuo ao longo de sua trajetória

Pedro - Pedro Lucas China, 20 anos, está no CIIR desde 2018, desde os 14 anos, atualmente é atendido pelo Cetea e conquistou aprovação no curso de Pedagogia. Essa é sua segunda graduação, já que ele também é acadêmico de Educação Física em uma universidade particular, onde ingressou por meio do Programa Universidade Para Todos (ProUni).

Mãe do vestibulando, Ana China, aposentada de 64 anos, relata que atualmente o filho recebe atendimento no Cetea em psicoterapia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico. "Toda a equipe foi essencial para que ele alcançasse essa conquista e desenvolvesse suas habilidades. Ele tem progredido muito com os atendimentos e não falta a nenhuma sessão, o que tem sido fundamental para seu crescimento. Agradeço imensamente aos profissionais do Cetea pelo apoio ao meu filho e às famílias com filhos atípicos. Desde os 14 anos, o acompanhamento tem sido decisivo para que ele se inclua na sociedade e avance em sua trajetória. Somos muito gratos pelo impacto positivo que o CIIR e Cetea trouxeram para nossas vidas".

Raissa Campos, psicóloga que acompanha os usuários no treino de habilidades sociais: "nome deles no listão é gratificante"

Suporte - Raissa Campos, psicóloga integrante da equipe responsável pela aplicação do Treino de Habilidades Sociais aos dois usuários do Cetea, contou que eles fazem sessões semanais para desenvolver a interação social, organização e equilíbrio entre estudo e lazer.

"A Brenda, que fez vestibular pela primeira vez, compartilhou conosco todo o processo, desde a preparação até as expectativas e resultados. O Pedro, já universitário, nos relatava sua experiência acadêmica e o desejo de mudar de curso, o que também acompanhamos com planejamento e suporte", destaca.

De acordo com ela, o treino de habilidades sociais aborda o gerenciamento pessoal, a interação social e a descoberta vocacional, ajudando-os a identificar e desenvolver potencialidades, enquanto se trabalha a superação de dificuldades.

"Usamos dinâmicas lúdicas, rodas de conversa e outras atividades estruturadas para promover esse crescimento", relata, para manifestar seu contentamento com a aprovação de ambos.

"Ver os nomes deles no listão de aprovados na UFPA foi extremamente gratificante, uma vitória deles que também sentimos como nossa. No Cetea, acreditamos em seu potencial e reforçamos que o autismo é uma condição que não os impede de realizar sonhos e alcançar objetivos", frisa Raissa, ao parabenizar Brenda, Pedro, seus familiares e professores, destacando a importância da inclusão por meio da educação.

"Espero que essas conquistas se multipliquem e que mais jovens e adultos tenham acesso ao serviço único que o CIIR e o Cetea oferecem, promovendo um futuro cheio de realizações".

Rejane Xavier, diretora Executiva do CIIR, ressalta o trabalho em equipe que impulsiona a inclusão das pessoas com TEA

Equipe - Sem esconder a satisfação pelas histórias de superação dos usuários do CIIR e Cetea, a diretora Executiva do Centro de Reabilitação, Rejane Xavier, destacou a importância do trabalho conjunto da equipe multiprofissional, que não mede esforços para o desenvolvimento dos usuários atendidos.

"Estamos muito orgulhosos das conquistas dos nossos usuários. O sucesso no vestibular da UFPA é reflexo do comprometimento da nossa equipe e do apoio contínuo oferecido a esses jovens. Nosso objetivo sempre foi fornecer as ferramentas necessárias para que pudessem superar suas dificuldades e alcançar seus sonhos".

A gestora complementou ainda que os resultados evidenciam que, com o suporte adequado, pessoas com TEA podem ir muito além do que imaginam.

"Continuaremos oferecendo um atendimento de qualidade, para que mais pessoas avancem em sua inclusão e ocupem seu lugar de direito em todos os âmbitos da sociedade".

O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade a Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que, por sua vez, encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço: O CIIR é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Texto: Vera Rojas, com informações de Tarcísio Barbosa (Ascom / CIIR)