segunda-feira, 16 de junho de 2025

Criança internada na Santa Casa desde o nascimento recebe alta após um ano


Devido a um diagnóstico de hipoglicemia grave, o menino Layon Miguel passou esse longo período de tratamento na pediatria do hospital, e hoje foi para casa

Por Samuel Mota (SANTA CASA)

Uma vitória do sistema de saúde pública no Pará. Assim a equipe multidisciplinar da área pediátrica da Fundação Santa Casa, em Belém, definiu a alta hospitalar do menino Layon Miguel dos Santos Silva, nesta segunda-feira (16). Bianca Priscila dos Santos, mãe do paciente, moradora do bairro de Canudos, na capital paraense, contou que sua gestação teve complicações, e seu primeiro filho nasceu por volta de 35 semanas.

O menino Layon Miguel, no colo da mãe, recebendo o cuidado da profissional da Santa Casa
O menino Layon Miguel, no colo da mãe, recebendo o cuidado da profissional da Santa Casa
Foto: Divulgação

“Passar todo esse tempo aqui foi bem difícil no começo. Eu estava em negação, e não queria aceitar a situação de meu filho. Mas depois fui me acostumando. Hoje, estou feliz demais pela alta de meu filho. Pulei de alegria por essa notícia. O pai dele, a avó e a tia estão esperando a gente chegar em casa para celebrar. Estou muito agradecida pelo trabalho dos profissionais da Santa Casa”, disse Bianca.

Acompanhamento - A médica pediatra Caroline da Rocha informou que Layon nasceu na Santa Casa em junho do ano passado, e nas primeiras 24 horas teve vários episódios de hipoglicemia. “Inesperadamente, esses episódios permaneceram e, com o passar do tempo, ele passou a ser acompanhado em função das hipoglicemias pela doutora Darcilene (endocrinologista pediátrica), que identificou uma doença chamada hipoglicemia hiperinsulinêmica, de difícil controle de glicose sanguínea”, explicou a pediatra.

Foto: Divulgação

Caroline da Rocha disse ainda que o menino “chegou aqui na enfermaria com um mês e três dias de vida. E a gente ficou com ele até agora, quando completou um ano de idade, no dia 12 de junho, e está indo de alta hoje. Pela primeira vez ele vai conhecer a casa dele. É um paciente que hoje apresenta um bom controle glicêmico. Ele ainda faz episódios de hipoglicemia. Mas nós conseguimos simular um ambiente dentro do hospital com a dieta que ele faria em casa para ver como o organismo dele se comporta. Ele é um paciente que vai continuar sendo acompanhado no ambulatório da instituição, com a pediatra e a endocrinologista”.

Layon superou os desafios e já está em casa
Layon superou os desafios e já está em casa
Foto: Divulgação

Orientação - Darcilene Nunes relatou que Layon apresentou hipoglicemias graves com convulsão e perda de consciência. “Foi identificado um aumento da produção de insulina. E o apoio da equipe multidisciplinar, todos trabalhando de modo assertivo com essa mãe, conseguimos manejar essa glicemia de forma mais estável. E a mãe recebeu todas as orientações, inclusive a identificação das questões, dos quadros de hipoglicemias mais graves. Já sabe como tratar”, reforçou a médica.

“A gente intensificou o monitoramento da glicemia capilar, orientou de forma mais respaldada essa mãe, e a gente está conseguindo deixar esses níveis estáveis, para que ele possa receber alta sob a nossa vigilância, sob o nosso cuidado, e deverá fazer retornos breves ao Ambulatório de Pediatria. E esse preparo, junto à mãe, não começou agora. Quero destacar a dedicação, o apoio, o compromisso que essa equipe da Santa Casa tem em promover a saúde, o atendimento adequado dessas crianças, e às famílias, também. E essa alta significa realmente um sucesso. A gente conseguiu manter essa criança estável e a estimulação, para que não houvesse dano ao desenvolvimento neurológico. Tudo aconteceu de forma bem adequada para essa criança sair do hospital”, destacou Darcilene Nunes.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Trio é preso por tráfico de drogas em Parauapebas


Por Jeniffer Terra (PC)
13/06/2025 13h18
Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Pará, por meio da Superintendência Regional de Carajás, prendeu três pessoas em flagrante pela prática do crime de tráfico de drogas, em Parauapebas, sudeste paraense, na quinta-feira (12). As prisões ocorreram com o apoio do efetivo da Delegacia de Homicídios de Parauapebas e da Seccional Urbana de Parauapebas. 

Foto: Divulgação

A equipe da PC tomou conhecimento sobre a comercialização de entorpecentes na rua Melquesedeque, localizada no bairro Betânia. A partir das informações, os agentes iniciaram as diligências no perímetro e constataram o crime de tráfico de drogas na região. 

Foto: Divulgação

"No decorrer da ação, dois homens e uma mulher foram vistos praticando o crime de comercialização de drogas, momento em que os policiais civis realizaram a abordagem e busca pessoal nos suspeitos. Foram encontrados com eles 1.114 kg de substância análoga à skunk, 15 g de material similar à cocaína, duas balanças de precisão, diversos pinos utilizados para embalar drogas análogas à cocaína, um revólver calibre 38, 30 munições de calibre 9 mm, quatro munições calibre 38 e uma cápsula deflagrada", explicou o superintendente regional, delegado João Abel.

Foto: Divulgação

Os suspeitos foram presos e conduzidos até a Delegacia de Parauapebas para os procedimentos necessários.

Texto: Raphaela Rocha sob supervisão de Jeniffer Terra (Ascom PC).

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Total de 14 pessoas são presas em operação integrada de combate ao crime organizado


A ação nesta quarta-feira (11) aconteceu em Belém, Ananindeua, Benevides, Tracuateua, Abaetetuba, e, ainda, nos Estados de Pernambuco e Santa Catarina

Por Jeniffer Terra (PC)

Na manhã desta quarta-feira (11), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PA), o Grupo de Trabalho de Facções Criminosas (GTF/NIP) e a Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC) deflagraram a operação "Provisão" com o objetivo de dar cumprimento a mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo Juízo da Vara de Combate ao Crime Organizado de Belém, contra suspeitos de integrar uma facção criminosa.

Até o momento, 14 pessoas foram presas. A ação aconteceu nos municípios de Belém, Ananindeua, Benevides, Tracuateua, Abaetetuba, Recife/PE, Palhoça/SC e Blumenau/SC, com o apoio da Secretaria de Administração Previdenciária do Pará (SEAP), da Polícia Federal, no Pará, dos Núcleos de Apoio à Investigação (NAI)de Capanema e Abaetetuba.

Também participaram a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), a Delegacia de Homicídios de Capanema, a Delegacia de Igarapé-Miri, do Canil da Guarda Municipal de Belém, da Polícia Civil de Santa Catarina, da FICCO/PE.

"Durante as investigações que subsidiaram as medidas cumpridas hoje, nós conseguimos reunir cadastros de integrantes da organização criminosa vinculados ao quadro de fornecedores, contendo informações como nomes, apelidos, datas de adesão, áreas de atuação, cargos e ‘selfies’. A partir desses dados, foram obtidas cópias de documentos oficiais dos suspeitos, cujas fotos foram submetidas ao Laboratório de Perícia Prosopográfica e Análise de Imagens da Polícia Civil do Pará, que constatou tecnicamente que se tratavam das mesmas pessoas cadastradas pela facção", explicou o delegado Vitor Fontes, titular da FICCO/PA.

Durante as buscas nas residências foram apreendidos aparelhos celulares, grande quantidade de drogas, dinheiro em espécie e munições. Os donos dos imóveis receberam voz de prisão em flagrante. 

"Entre os presos em cumprimento aos mandados de prisão, uma mulher também recebeu voz de prisão em flagrante por tráfico de drogas. Na residência dela foram encontrados e apreendidos dinheiro em espécie, seis tabletes e meio de maconha prensada, 94 porções mais meio tablete de cocaína, bem como houve a prisão em flagrante de outro sujeito por posse ilegal de munição", contou o delegado Davi Cordeiro, titular da DENARC.

Outro alvo ainda recebeu voz de prisão em flagrante por uso de documento falso. Ele foi encontrado em Abaetetuba e portava uma Carteira Nacional de Habilitação falsificada.

A FICCO/PA é uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, pela Polícia Civil do Estado do Pará e pela Secretaria de Administração Penitenciária e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no enfrentamento ao crime organizado no Estado do Pará.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Estudantes do Pará têm até 13 de junho para se inscrever no Enem 2025


Prazo foi prorrogado e os jovens ganharam chance para garantir sua participação na prova

Por Bianca Rodrigues (SEDUC)
Foto: Foto Pedro Guerreiro Ag. Pará

Os estudantes do Pará que ainda não fizeram a inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 ganharam mais uma chance. O prazo para se inscrever no exame foi prorrogado até o dia 13 de junho. Inicialmente, as inscrições terminariam na última sexta-feira (6), às 23h59, mas agora os jovens têm mais quatro dias para garantir sua participação na prova, que é uma etapa fundamental para quem busca acesso ao ensino superior ou deseja ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho.

“Com a prorrogação do prazo do Enem, ganhamos mais tempo para garantir que nossos estudantes se inscrevam. É essencial que o maior número possível de alunos da rede pública participe. Muitos já estão pré-inscritos e só precisam confirmar no sistema. Vamos continuar incentivando essa participação; o Enem é uma oportunidade única de transformar vidas”, afirmou Rossieli Soares, secretário de Educação.

De acordo com o Ministério da Educação, a prorrogação do prazo visa oferecer mais tempo para que os interessados possam garantir sua participação no exame. As provas serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro, com exceção dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, onde serão realizadas em 30 de novembro e 7 de dezembro.

“Sou estudante e uma das primeiras a concluir minha inscrição para o Enem 2025. O processo é muito fácil e superintuitivo. Levei mais ou menos uns dez minutinhos para concluir minha inscrição. Caso você ainda não tenha feito a sua, aproveite que o prazo foi prorrogado até o dia 13. Não perca essa grande chance de mudar o seu futuro”, disse Railane Lopes, estudante da 3ª série do Ensino Médio da Escola Estadual de Tempo Integral Santa Clara, em Anapu.

A inscrição é feita exclusivamente pela Página do Participante do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Quem não obteve isenção da taxa de inscrição deve realizar o pagamento de R$ 85 até o dia 11 de junho, via boleto bancário, PIX ou cartão de crédito.

Foto: Foto Alex Ribeiro Ag. Pará

Novidades - Uma das principais novidades para 2025 é a inscrição pré-preenchida para os estudantes da 3ª série do ensino médio da rede pública. Ao acessarem o sistema com CPF e data de nascimento, os dados pessoais já estarão inseridos automaticamente. O único campo a ser preenchido será a escolha do idioma estrangeiro (inglês ou espanhol). A medida tem o objetivo de tornar o processo mais ágil e prático para os estudantes da rede estadual do Pará.

Outro ponto importante é que, conforme orientação do Ministério da Educação, os estudantes que não pediram isenção da taxa de inscrição também estarão automaticamente isentos do pagamento. Além dos concluintes, alunos da 1ª e 2ª séries do ensino médio também podem participar como treineiros, realizando a prova apenas para fins de autoavaliação, sem que o resultado tenha validade para acesso ao ensino superior.

Enem - O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, o Enem tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

sexta-feira, 6 de junho de 2025

MPF reúne-se com MPI para discutir plano de proteção territorial da Terra Indígena Apyterewa (PA)


Encontro ocorreu após MPF ter recomendado providências urgentes

Foto de quatro pessoas reunidas em uma sala, em torno de uma mesa branca, analisando um grande mapa da Amazônia Legal. Uma mulher à esquerda consulta um laptop, enquanto um homem à direita gesticula sobre o mapa. Ao fundo, um banner do MPF - Procuradoria da República em Marabá.

Foto: MPF

Representantes do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) reuniram-se, na última terça-feira (3), na unidade do MPF em Marabá (PA), com o objetivo de discutir o plano de proteção territorial da Terra Indígena (TI) Apyterewa, localizada em São Félix do Xingu, no sudeste paraense.

O encontro ocorreu no contexto da Recomendação nº 07/2025, expedida pelo MPF, que pede a adoção de providências urgentes pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e por outros órgãos competentes, com foco nos seguintes pontos:

a) Relatório detalhado sobre os tiroteios e possíveis vínculos com invasões e atividades econômicas ilegais;

b) Plano de proteção emergencial na TI Apyterewa, com foco na prevenção imediata de novos episódios de violência;

c) Plano de proteção territorial na TI Apyterewa, com objetivos de médio e longo prazo, com a participação da comunidade.

Na oportunidade, foram relatadas as ações de curto prazo já em curso, como o reforço de efetivo, o monitoramento da região e o acionamento do protocolo de urgência, que conta com a atuação de grupo focal para episódios emergenciais, com o apoio das forças policiais federais.

No que se refere às medidas de médio e longo prazo, foi informado o plano estratégico em fase de elaboração, contemplando, entre outras iniciativas, a necessária articulação com os órgãos estaduais de segurança, que detêm atribuição constitucional para policiamento ostensivo.

O MPF informou que seguirá acompanhando a implementação das medidas recomendadas, com o objetivo de assegurar a proteção territorial da TI Apyterewa e a integridade da comunidade Parakanã, reforçando seu compromisso com a defesa dos direitos dos povos indígenas e a prevenção de novos episódios de violência na região.


Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

quinta-feira, 5 de junho de 2025

MPF recomenda medidas para garantir segurança das operações aéreas no aeroporto de Marabá (PA)


Área da Piçarreira, no chamado cone de segurança do aeroporto, vem sofrendo repetidas invasões, alerta MPF


Foto da fachada do aeroporto de Marabá, com uma longa cobertura sustentada por pilares revestidos de azulejos escuros. A parede principal do edifício é branca, com janelas retangulares. À esquerda, há sinalização indicando o nome do aeroporto. Em primeiro plano, uma via de acesso com meio-fio pintado de amarelo e preto, e alguns carrinhos de bagagem. O céu está azul e ensolarado.
Foto: Alexandro Dias, em licença CC BY-SA 4.0

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Governo Federal, à Prefeitura de Marabá (PA) e à concessionária Aena Brasil que adotem medidas urgentes de garantia da segurança e da regularidade das operações aéreas no aeroporto João Corrêa da Rocha.

O objetivo é a proteção do chamado cone de segurança do aeroporto, que é a área ao redor da pista onde há restrições à instalação e à altura de edificações. A área vem sofrendo invasões irregulares que podem colocar em risco as operações aéreas.

A recomendação foi elaborada com base em elementos colhidos pelo MPF em inquérito civil que apura a omissão do Governo Federal em adotar medidas necessárias para impedir novas ocupações ilegais da área conhecida como Piçarreira, localizada no cone de segurança do aeroporto.

Área federal – A procuradora da República Gabriela Puggi Aguiar destacou que a área onde está situado o cone de segurança do aeroporto de Marabá pertence à União e está sob a gestão do Comando da Aeronáutica (Comaer).

Apesar de informações da Advocacia-Geral da União (AGU) indicarem que a área seria revertida para a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), não foram apresentadas informações precisas sobre a efetiva conclusão dessa reversão.

De acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica, as propriedades vizinhas dos aeródromos estão sujeitas a restrições especiais quanto ao uso do solo, incluindo edificações, instalações, culturas agrícolas e objetos que possam atrapalhar as operações de aeronaves ou causar interferência nos auxílios à radionavegação.

A recomendação do MPF ressalta que a autoridade aeronáutica tem poder para embargar obras que contrariem os planos de proteção ou exigir a eliminação de obstáculos construídos em desacordo com as normas.

Medidas recomendadas – O MPF recomendou: 

  • à União (Comaer e SPU/PA): promover, em até 60 dias, o isolamento da área correspondente ao cone de segurança do aeroporto, para evitar novas invasões e garantir a segurança das operações aéreas;
  • ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea): realizar, em 30 dias, investigação de objetos projetados na área do cone de segurança que possam estar em desacordo com o Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA) e enviar relatório ao MPF;
  • à Prefeitura de Marabá e à Aena Brasil: executar, em 30 dias, levantamento, fiscalização e monitoramento de objetos projetados na área do cone de segurança que possam contrariar as normas aeronáuticas, comunicando os achados ao órgão competente da Aeronáutica.

Sobre recomendações – Recomendação é um instrumento por meio do qual o Ministério Público expõe, em ato formal, fatos e fundamentos jurídicos sobre determinada questão, com o objetivo de fazer com que o destinatário pratique ou deixe de praticar condutas ou atos para melhoria dos serviços públicos e de relevância pública ou do respeito aos interesses, direitos e bens defendidos pela instituição.

É uma atuação voltada para prevenção de responsabilidades ou correção de condutas. Embora não possua caráter obrigatório, visa a solução do problema de forma extrajudicial. O não acatamento infundado de uma recomendação – ou a insuficiência dos fundamentos apresentados para não acatá-la total ou parcialmente – pode levar o Ministério Público a adotar medidas cabíveis, incluindo ações judiciais cíveis e penais contra os agentes públicos responsáveis.

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação